domingo, 5 de fevereiro de 2006

Ontem de tarde o chefe levou o filho dele pra delegacia.
A peste só tem 10 anos de idade.
Daí ele entrou no meu gabinete e começou a mexer nas minhas coisas.
Isso não pode.
Daí eu falei: "Qual é o teu nome, piá?"
Ele respondeu: "Meu nome é Dennis!"
Daí, subconscientemente, eu comecei a dar risada por causa do nome dele.
Ele continuou mexendo nas minhas coisas.
Eu falei pra ele que não podia mexer, porque tinha drogas e as crianças não podem brincar com drogas.
Mas o desgraçado continuou mexendo, e começou a gritar.
Ele começou a jogar os sacos de maconha na parede e gritar: "Iá, iá, iá..."
Daí eu falei: "Vem cá, moleque, você tem que aprender a ter um pouco de disciplina!"
Daí ele começou a chorar.
Nessa hora as pessoas começaram a parar na frente da minha porta e olhar pra dentro.
Daí eu falei: "Não foi minha culpa, ele é louco!"
Daí ele pegou a minha arma.
Todo mundo saiu correndo. Inclusive eu.
Daí eu falei pro Gonzalez que era melhor ele chamar um exorcista.
Quando eu tava entrando no meu carro pra ir embora, eu me lembrei que o Tumor ainda tava na delegacia.
Daí eu peguei o revolver do Gonzalez e voltei pra dentro.
Eu tive que me esconder atrás dos pilares pra não correr o risco de levar um tiro.
De repente eu comecei a ouvir as risadas do pestinha no corredor.
Isso me deu medo.
Daí eu gritei: "Dennis, vem cá! Dá a arma pro tio que o tio vai dar um chocolate pra você depois!"
É lógico que era mentira minha.
Mas isso não vem ao caso.
Daí o piá começou a atirar. Eu tive que me abaixar e rolar no chão, igual ao Charles Bronson.
Nessa hora eu ouvi um grito do chefe: "Ramirez!!!"
O chefe estava em pé do meu lado. Ele perguntou: "Que diabos está acontecendo aqui?"
Daí eu apontei pro Dennis e falei: "Foi ele que começou!"
Daí o chefe deu um esporro em nós dois.
Eu acho que eu vou ficar de castigo.

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