segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

Na semana passada o chefe me deixou encarregado de testar os novos armamentos da polícia.
Daí eu me lembrei daquele filme que o Charles Bronson tem um monte de arma escondida em casa, atrás da geladeira.
Na verdade eu não sei direito porque eu me lembrei disso.
Daí eu meio que inventei uma seqüência de testes que eu vou chamar de "padrão Ramirez de análise"
Primeiramente, eu fiz o Tumor cheirar cada uma das armas pra ver se não tinha drogas escondidas dentro. Não tinha.
Daí eu dei um tiro com cada uma. Todas funcionaram perfeitamente. Só que eu deveria ter testado num lugar feito exclusivamente pra levar tiro.
Ninguém me avisou.
Daí eu meio que fiz um teste de impacto.
Eu joguei todas as armas no chão pra ver se elas atiravam sozinhas. Elas passaram no teste.
Daí eu fiz um teste de adversidades climáticas.
Eu tentei dar um tiro com cada uma embaixo de uma piscina. Aí sim teve algumas que não funcionaram.
Eu acho que talvez seja problema de fábrica.
Por último, eu dei um tiro com cada arma apontada pra cima, pra calcular quanto tempo levava pra bala voltar.
Nenhuma voltou.
Pode ser que elas estejam em órbita.
Se eu pegar uma arma bem potente, pode ser que eu consiga fazer as balas sairem do sistema solar.
Eu vou colocar uma mensagem em uma bala. Daí pode ser que os alienígenas encontrem a mensagem.
Vai ser bem assim: "Por favor, não me abduzam"
Se eu continuar atirando pra cima, talvez eu derrube um disco voador no meu quintal.
Apesar de que eu acho que isso seja meio impossível.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

Hoje de manhã eu acordei no hospital. O médico disse que eu estava em coma.
Eu acho que talvez eu tenha levado um tiro.
Eu tenho medo que eu esteja com amnésia.
Eu acho que um dos sintomas do coma é a amnésia. Ou não.
Tomara que eu não tenha sido abduzido por extra-terrestres.
Abdução também é uma causa da amnésia.
Tomara que os alienígenas não tenham colocado uma tatuagem em mim.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

Eu tenho medo da pícara sonhadora também.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Eu tenho medo da música do pião da casa própria.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

Outro dia teve o festival do fandango em Paranaguá.
Daí eu fui lá, com a lata de cerveja e com o cigarro.
Só que daí eu descobri que fandango no singular não é comida.
É tipo uma dança típica da região.
Daí eu prendi todo mundo, porque eles tentaram enganar uma autoridade.

domingo, 6 de fevereiro de 2005

Eu acho que é nessa época de carnaval que o Brasil recebe mais turistas.

Aqui em Curitiba isso não acontece. Só que mesmo assim o carnaval aqui é gozado.

Daí ontem aconteceu o seguinte:

Tinha uma escola de samba que ia desfilar com o tema "história dos automóveis".

Daí eles ligaram pra mim e perguntaram se dava pra usar a minha viatura no desfile.

Eu falei que sim, mas só se eu pudesse dirigir ela no desfile. E com o giroflex ligado.

Eles falaram que sim.

Isso acabou sendo bem legal, porque eu já ia ter que fazer o policiamento do local. Só que eu fiz pelo lado de dentro.

Daí começou o desfile. Eu liguei o giroflex e entrei com o carro na rua. Era tipo uma fila com vários carros. A história que a escola de samba tava cantando era desde o início da era do automóvel até hoje, que existem os carros mais modernos. O meu carro foi um dos primeiros da fila.

Daí as pessoas começaram a dar tchau pra mim. Eu dei tchau também.

É bem legal ser celebridade por um dia. Todas as crianças acenavam pra mim.

Teve um determinado momento que eu mostrei a minha arma.

Daí algumas pessoas se assustaram. Mas foi de mentirinha.

Daí eu guardei a arma e o desfile ficou meio chato.

Até a hora que eu avistei o meliante. No meio da platéia.

Ele tava carregando um saco com drogas dentro. As drogas eram ilícitas.

Daí eu parei a viatura e saí com a arma na mão. Eu gritei: "pare em nome da lei"

Só que as pessoas acharam que era parte do desfile e aplaudiram.

O elemento fugiu.

Daí eu comecei a atirar.

As pessoas pararm de aplaudir e começaram a gritar e se abaixar.

Daí tinha uma outra escola de samba que tinha um carro com uma bazuca em cima.

Na hora eu não sabia que a bazuca era de mentira.

Daí ela começou a atirar. Foi meio que uma guerra de verdade.

Eu usei a minha viatura como proteção e comecei a atirar pra todo lado.

Os seguranças, que não sabiam o que tava acontecendo, começaram a atirar também.

A platéia começou a correr.

Daí eu gritei: "Mulheres e crianças primeiro!"

O carro que tinha a bazuca de mentira em cima estava tendo um curto circuito.

Daí ele começou a pegar fogo.

O fogo se alastrou rapidamente por todos os carros alegóricos e atingiu um carro de fogos de artifício.

As bombas voaram em mim e na platéia. A minha sorte é que deu tempo de eu me esconder na viatura. Daí eu contactei o chefe.

Ele perguntou: "Mas que diabos está acontecendo? Isso é um tiroteio?"

Daí eu disse: "É uma guerra, senhor. Eu acho que começou uma invasão. Devem ser os vietcongues!"

Os seguranças começaram a se esconder atrás dos carros e a atirar contra os fogos de artifício.

Daí o tiroteio durou mais uma meia hora. Teve um momento que acabou as balas da minha arma e das armas dos seguranças. Daí a gente meio que se escondeu no esgoto até os fogos de artifício pararem de atirar na gente.

Felizmente não morreu ninguém, porque as pessoas já tinham ido embora na hora dos fogos.

Só que vários prédios da região ficaram semi destruídos pelos fogos.

O chefe chegou no local e falou bem assim: "Quem é o responsável por esse tsunami?"

Ele meio que tentou gozar. Não deu certo.

Ele simplesmente não é um gozador de alto nível igual a mim.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

Outro dia eu prendi um turista que estava andando aqui em Curitiba.

Ele era canadense.

Eu não tenho nada contra o Canadá, inclusive eu acho que Sidney é uma cidade muito bonita.

O que eu não tolero é pessoas que não entendem nada de geografia.

Bom, daí foi bem assim:

O turista viu que eu era da polícia e resolveu pedir informações.

Primeiro ele perguntou onde ficava o rio Amazonas.

Daí eu disse que era meio longe e que não era pra ele ir la, porque o rio é protegido pelos astecas.

Daí ele me perguntou se tinha um animal perigoso na selva amazônica. Eu falei pra ele que tinha a ariranha.

Daí eu comecei a dar umas dicas pra ele.

Primeiro eu falei que era meio perigoso visitar o Rio de Janeiro, porque o Escobar ainda trabalha la no morro.

Daí eu disse que era nas cataratas do Iguaçu que o pica-pau do desenho animado jogava o Leôncio dentro de um barril.

Por último, eu tive que fazer propaganda de Curitiba, pra ele trazer mais turistas pra visitar a cidade e gastar dinheiro.

Primeiro eu falei que em Curitiba fazia calor o ano inteiro.

Daí eu disse também que o Shopping Italia era o prédio mais alto do mundo.

Foi aí que ele fez a pergunta que mandou ele pra cadeia.

Ele olhou pra mim e perguntou em qual time o Maradona jogava antes de sair do Brasil.

Foi cadeia direto.