quinta-feira, 28 de agosto de 2003

Hoje eu inventei um nome novo.

Eu ia esquecer, mas não esqueci.

Isso me fez lembrar que ontem de noite chegou um cara aqui na delegacia dizendo que tinha sido adbuzido por extra-terrestres. Dessa vez eu não gozei. Afinal, seqüestro é crime.

Daí o cara disse que tinha um chip.

Eu perguntei se era que nem aqueles do pacotinho, que é bem gostoso de comer. Elmo chips.

Ele disse que não.

Daí eu falei pra ele que ele tinha que fazer um boletim de ocorrência contra os extra-terrestres.

Daí eu falei pra ele aquele nome engraçado que eu tinha criado. Mas ele não riu.

De repente saiu sangue do nariz dele. Foi legal.

Quando eu vi que a coisa era séria, eu me lembrei do arquivo x e falei pra ele chamar o agente G.



Eu não acredito em alienígenas.

sábado, 23 de agosto de 2003

Eu acabei de ver um cara bem parecido comigo na tv.

Talvez fosse eu.

Ou não.
Eu sempre reparei que o Charles Bronson e o Chuck Norris falavam uma frase antes de matar o bandido.

Tipo, no último filme, o Chuck Norris falou "Astra la vista, deisy".

Foi legal.

Eu preciso de uma frase pra mim falar antes de matar alguém.

Deixem sugestões nos comentários.

Obrigado.
Ontem também, eu tava assistindo o Austin Pauers na TV.

Ele é um policial do futuro, que volta para Curitiba nos anos 60 para prender os bandidos do passado.

Daí eu vi aquela cena que o Minimí sai voando da cadeira.

Ele diz: "iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii"

Seria legal se eu tivesse um Minimí de mim.

Ao invés de dizer "iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii", ele ia dizer "uuuuuuuuuuuuuuuuuuu".

Daí eu ia colocar o Minimí em cima da viatura para substituir o giroflex.

O Minimí ia ficar girando.
Ontem aconteceu uma perseguição policial aqui em Curitiba.

Eu estava no meio.

Eu estava na minha viatura e o bandido na viatura dele.

Eu tive que dar uns tiros. Ele também.

Daí acabaram as balas.

Os nossos veículos estavam virados um de frente pro outro, que nem no velho oeste.

Daí eu lembrei daquele episódio do jornada nas estrelas que o capitão Tirk mandava a nave dele bater de frente com a nave dos gringons.

Mas era o meu carro.

Daí eu saí correndo na direção dele a pé.

Ele ficou com medo e foi embora.

sexta-feira, 22 de agosto de 2003

Hoje a gente tava fingindo que a delegacia era o espaço sideral.

Cada um dos policiais era um personagem de um filme espacial.

Eu era o Dark Veider.

Eu disse pro Gonzales que ele tinha que vir pro lado preto da força.

E ele veio mesmo.

Antes dele vir ele era o Fléx Górdon, aquele cara que o Chuck Norris mata naquele filme.

O Tumor era o Xiubáca. Mas a gente chamava ele de Xíui.

Daí eu fui embora.

sábado, 16 de agosto de 2003

Eu sempre achei que o Charles Bronson era imortal...







Afinal, ele levava porrada e tiro, mas continuava vivo.

sexta-feira, 15 de agosto de 2003

Soltaram outro pum dentro da minha viatura.

Dessa vez foi sério.

Se foi o Gonzales que soltou, eu vou sacanear.

Se for o Tumor, eu tenho que dar mais comida pra ele.



Ah. Também tem aquele nenê que deixaram na porta da delegacia aqui um dia.

Talvez tenha sido ele.

Ou não.

Eu até pensaria que tinha sido eu mesmo quem deu o pum, mas eu não sei fazer isso.

Ontem eu vi no Xavez aquele episódio que ele botava uma almofada que soltava pum na cadeira do Professor Giroflex.

Eu fiz o mesmo com o chefe, hoje na delegacia.

Ele quase mandou me prender.

Talvez tenha sido porque ele ficou brabo.

Mas daí eu fui embora e não soube o que aconteceu com ele.

quinta-feira, 14 de agosto de 2003

Hoje eu fui no super-mercado e ganhei uma amostra grátis de um produto.

Eu comi.

Não era bom.

Por isso era de grátis.

Devia ter amostra grátis de cerveja.

Se tivesse, eu passava no lugar da amostra de cerveja e pediria um copo.

Depois, eu colocaria o meu óculos escuro, passaria por lá de novo e pediria outro copo.

Depois, eu pegaria uma caneta, pintaria um bigode em mim mesmo, passaria por lá e pediria mais um.

Daí eu ia tirar o óculos e ficar só com o bigode. E ia pedir outro copo.

Depois disso, eu apagaria o bigode e ia lá tentar beber mais um copo, por que a pessoa não ia se lembrar de mim sem óculos e sem bigode.



E agora, quando vocês acharam que eu ia acabar a minha táctica, eu surpreendo todo mundo.

Eu ainda não acabei.

Eu ia colocar uma peruca e ia voltar lá pra beber mais.

Depois disso, eu ainda ia poder pedir pra alguém que estaria lá no super-mercado ir pegar mais cerveja pra eu.

Se fosse criança ia ser melhor, porque daí eu pegava um pouco de terra, esfregava na cara dela, e ela ia ficar com cara de delinquente, que é um tipo de ser que todo mundo tem pena. Menos eu.

Ontem eu devo ter prendido um.

E quando eu já estivesse sem imaginação, eu ia mostrar a minha arma pra todo mundo e ia apreender o negócio, porque amostra grátis de cerveja é ilegal.

terça-feira, 12 de agosto de 2003

Ontem de noite eu levei um tiro.

Mas não doeu.

Eu acho que eu estava alcolizado.

Mas eu não me lembro.

Até agora pouco eu nem me lembrava que eu tinha levado um tiro.

Umas duas horas atrás eu não me lembrava que eu existia antes de hoje.

Eu achava que eu estava com amnésia.

Mas eu não me lembro porque.

Amanhã eu vou me esquecer de tudo isso.

sábado, 9 de agosto de 2003

O Gonzales tem medo de borboleta.
Eu peguei um resfriado.

O meu nariz está cheio de líquido leitoso.

Tomara que eu não tenha que usar aparelho.

Hoje de manhã eu fui no banheiro da delegacia pra tirar o líquido do meu nariz e tive uma idéia gozada e brilhante.

Eu ia molhar um monte de papel igiênico, fazer uma bola e jogar no teto.

E foi isso mesmo que eu fiz.

Só que bem na hora que eu tava com a bola de papel igiênico molhado na mão, um cara que eu não conhecia entrou no banheiro.

Foi um fragrante.

Ele ficou olhando pra mim, e eu disse pra ele que aquilo era assunto policial.

Daí eu falei: "Circulando, circulando".

E depois de fazer xixi ele foi circular mesmo.



Depois disso eu joguei a bola no teto e fiquei um tempo lá rindo.

Todo mundo ia achar que tinha uma gosma branca suspeita no teto do banheiro, e iam ficar com medo.

Eu saí de lá e fui avisar o chefe que tinha essa gosma no banheiro, pra espalhar o pânico logo cedo.

Não deu certo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2003

Ontem de noite eu fui no shopping itália pra assistir o novo filme do Arnold Stanhegger. O vingador do futuro 3.

Só que daí eu me lembrei que no shopping itália não tem cinema.

Daí não deu.

quarta-feira, 6 de agosto de 2003

Agora eu estou tomando o café da manhã.

O computador está ficando todo cheio de comida.

Principalmente no teclado.

Lá vem o chefe.

Eu estou com um pão mastigado dentro da boca.

Eu vou olhar pra ele e mostrar a língua.

Ele não gostou.

Ele perguntou pra mim o que eu estou comendo.

Eu disse farofa.

Agora ele está meio sujo.

Acho melhor eu ir embora.

sábado, 2 de agosto de 2003

Hoje de manhã deixaram um nenê na porta da delegacia.

Ele era pequeno e não sabia falar. Não sei porque.

Eu achei ele, então ele era meu.

Daí eu dei o Tumor pro Gonzalez.

Só que o bebê não cheirava drogas, então eu tive que ensiná-lo.

O chefe disse que não.

Daí eu ensinei pra ele como se usa arma.

Ele não conseguiu.

Daí eu fui até o carro e vi que tinha um cheiro estranho dentro dele.

Algum bandido deve ter feito um pum ali dentro.

Daí eu tive que lavar o ar do carro.

Eu achei um monte de coisa antiga lá dentro.

Tinha um pacote de fandangos em edição comemorativa da copa de 70, com o pelé desenhado. Eu comi.

Tinha o ingresso que eu tinha comprado pra ver o primeiro filme do Charles Bronson, que tava passando lá na estação. Eu fui ver se ainda dava pra ir. Só que eu acabei não fondo.

Eu também achei um LP do Frank Sinatra, aquele que ele canta "what a wonderful woooooooorld..."

Daí eu fui embora.