terça-feira, 30 de dezembro de 2003

Hoje eu acordei cedo porque eu tive um pesadelo. Igual naquele filme do Frédgi.

Eu sonhei que eu tinha acordado. Daí eu fui pra delegacia.

Só que Curitiba estava diferente.

Todos os carros na rua tinham giroflex.

Os ônibus também tinham.

Eu fiquei com medo.

Daí não tinha mais Shopping Itália.

Pelo menos eu pude estacionar sem medo.

Daí a delegacia estava sem porta.

Como é que eu ia entrar?

Eu resolvi voltar pra casa.

Daí eu ouvi uma voz atrás de mim.

Era o chefe. Ele estava invisível.

Daí ele falou um monte de coisa sobre as regras de trabalho na delegacia.

Daí eu fui embora, porque eu fiquei com medo que ele fosse me gozar.

No caminho até a viatura, eu vi o Oil Man.

A bicicleta dele tinha um giroflex também.

Daí eu vi que algum bandido tinha roubado a minha viatura.

Daí eu disse um palavrão.

O Oil Man ficou assustado.

Daí eu tive que pegar a bicicleta dele emprestada pra ir atrás da viatura.

Ele disse que não.

Foi legal andar de bicicleta com giroflex.

Daí apareceu um disco voador.

Eu não acredito em alienígenas.

Daí o disco voador desapareceu de novo.

De repente eu bati com a bicicleta num negócio. Era o Shopping Itália. Na verdade, ele estava invisível.

Daí ele ficou visível de novo.

O disco voador também.

Daí o disco voador soltou um raio leizer.

O Shopping Itália começou a desabar.

Daí eu vi que o bandido tinha estacionado a minha viatura em baixo do Shopping.

Ia doer.

Quando a viatura estava pra ser esmagada eu acordei.

domingo, 28 de dezembro de 2003

Hoje fez um calor intenso em Curitiba.

Mas eu não suei.

Em compensação, tive que tomar muita cerveja, pois a delegacia é um lugar mais quente que qualquer outro (é por causa dos bandidos).

Quem fica sem tomar cerveja no calor é burro, pois o corpo humano precisa de nutrientes, proteínas e sais minerais que só tem na cerveja.

Também tem na mandioca, mas a cerveja é mais líquida.

Daí quem não toma morre mais cedo.

Eu acho que nunca vou morrer.



Isso me lembrou daquele filme do Charles Bronson que ele mata um cara. Era um filme bem legal, pena que eu esqueci do nome dele. Era legal porque ele dava um tiro no cara, o cara dizia: "Ai", e morria.

Eu nunca vou me esquecer desse filme.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2003

Eu tenho medo de beber guaraná Dolly, porque é transgenérico.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2003

Diário de bordo, data estrelar 7:

Hoje eu estou fingindo que eu sou o Papai Noel.

Eu estou sobrevoando Curitiba com o meu trenó.

Eu acabei de ver a minha casa lá em baixo.

Eu vou jogar alguns presentes nela.

Eu estou dirigindo o trenó.

O Tumor é uma rena.

O Gonzalez é o ajudante do Papai Noel. Ele é tipo um co-piloto.

Eu vou pousar no Shopping Itália.

Pronto.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2003

Colocaram uma cantina aqui na delegacia.

Antes eu pegava a comida de grátis numa máquina.

Agora não vai dar mais. Ou não.

Tomara que tenha cerveja.

E cigarro.

E fandangos.

sábado, 13 de dezembro de 2003

Está esfriando aqui em Curitiba de novo. Daí diminui a quantidade de bandidos. Ou não.

É por causa do natal.

Daí eu vi um caminhão com a palavra "Tozo" escrita nele.

É o nome do palhaço.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2003

Ontem eu apreendi um contrabando de cigarro.

Foi o Tumor que detectou.

Só que ele comeu grande parte dos cigarros antes de eu chegar lá.

Eu cheguei na conclusão que ele quer fumar.

Daí eu tentei acender um cigarro pra ele.

Ele saiu correndo.

Era medo.

Vai ver ele achou que ia doer.

Daí eu mesmo tive que fumar.

domingo, 7 de dezembro de 2003

Já é quase natal.

O verdadeiro significado do natal é a gozação. O espírito natalino me disse isso ontem.

Foi bem assim: Eu tava assistindo tv e tomando cerveja.

Daí apareceu o espírito do natal passado.

Ele disse que no passado eu não tinha muito dinheiro e que hoje em dia eu era um policial com menos dinheiro ainda.

Daí ele foi embora.

Eu continuei vendo tv.

Depois apareceu o fantasma do natal presente.

Ele me mostrou como o Gonzales ia passar o natal dele. Mas eu não prestei atenção.

Ele foi embora também.

Daí apareceu o fantasma do natal futuro, e ele disse que eu ia morrer.

Mas era mentira.

Daí eu perguntei pra ele se no dia do natal ia passar aquele filme do Chuck Norris, o Esqueceram de Eu, já que ele era do futuro.

Ele disse que sim.

Daí eu me lembrei que o Maicou Djei Fócs viajou pro futuro no carro dele.

Me lembrei também do Capitão Tirk.

Quando eu ia gozar do fantasma ele ficou de saco cheio e foi embora.

sábado, 6 de dezembro de 2003

O Papai Noel gigante que tinha no telhado da delegacia pegou fogo. Tinha uma lâmpada dentro dele. Ela pegou fogo também.

Vai ter uma investigação.

Eu disse pro chefe que talvez tivesse sido uma estrelinha de natal. Ou não.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2003

Aqui na delegacia tem um cara bem estranho.

O nome dele é Detetive Gilmer.

O giroflex dele é cor-de-rosa, e faz um barulho mais agudo do que o normal.

A viatura dele é cor-de-rosa também.

A algema dele tem pêlos em volta. Ela é felpuda.

O revólver dele é menor do que o tamanho normal dos revólveres normais. E também faz um barulho mais agudo. Ao invés de fazer BUM ele faz PIF.

Eu acho que esse revólver não machuca.



Daí hoje eu me encontrei com esse cara no banheiro.
Aqui no Brasil a falta de dinheiro está deixando as pessoas cada vez mais pobres.

terça-feira, 2 de dezembro de 2003

Colocaram um Papai Noel gigante no telhado da delegacia.

Toda vez que eu chego aqui ele tá olhando pra mim.

O saco dele é grande.

Ele tem meio que um sorriso na boca dele.

Só que não dá pra ver direito por causa da barba.

Ele tem uma touca. Deve ser careca.

O Gonzalez falou que vai colocar lâmpadas no telhado da delegacia.

Vai doer.

Eu vou rir.