sábado, 28 de julho de 2012

Ônibus gigante do Jaime Lerner

Como todo mundo sabe, aqui em Curitiba tem um omnibus gigante, o azulão ligeiro:
http://www.jornaldelondrina.com.br/midia/tn_620_600_BIARTICULADO_2603!.jpg

O que todo mundo não sabe e que ontem eu dirigi esse omnibus.
Foi bem assim:
Pra começar, cabe dizer que, nos últimos anos, os índices de criminalidade têm crescido em progressão barimétrica em Curitiba. Dentro dos omnibus também.
Daí ontem o chefe mandou eu fazer o policiamento do terminal do Pinheirinho, que, apesar desse nome carinhoso e natalino, fica na zona sul. Ou seja, ia doer.
O chefe me orientou que não era pra matar os meliantes, senão ia fazer mal pra imagem da polícia nas redes sociais. Então eu resolvi que eu só ia atirar na perna dos meliantes, pra eles não fugirem.
Depois de 30 minutos de trabalho, as minhas balas acabaram.
Antes de eu conseguir chamar reforços, apareceu mais um meliante. Daí eu tive que dar voz de prisão, mesmo sem balas.
Ele se assustou e fugiu dirigindo um omnibus que tava estacionado.
Daí eu dei inicio à perseguição. O bandido entrou em um microomnibus (agora escreve junto, né?) que era meio que parecido com esse palotinos aqui:
http://onibusbrasil.com/foto/929913/

Daí é claro que eu entrei no azulão, que e maior e mais potente. Eu tive que agir com muita formalidade com o motorista, então eu disse: "Preciso confiscar este veículo em nome da lei!"
Daí o motorista falou que, se eu ultrapassasse o limite de velocidade, a multa ia pra ele. Eu falei que eu não ia ultrapassar os limites. Era mentira.
Bom, daí eu tive que acelerar, porque o meliante já estava a 50 decâmetros de distancia.
O mais divertido de dirigir o azulão (em comparação com uma viatura normal) e que ele tem passageiros. E os passageiros gritam em cada manobra, como se fosse uma montanha russa.
Teve um passageiro que vomitou.
Teve outro que desmaiou.
Tinha uma mulher, lá no fundo do omnibus, que gritava bem alto. Daí, toda vez que ela gritava, o omnibus inteiro gritava junto. Eu achei isso legal, porque parecia com a torcida organizada do J. malutrelli.
Daí teve um passageiro que estava bem controlado emocionalmente, e que inclusive ficou me falando dicas pra perseguir o bandido.
Esse passageiro era o Paulinho, um moleque de 10 anos de idade.
Depois eu recomendei que ele fosse visitar a delegacia, para ter umas dicas sobre o futuro profissional.
Bom, voltando a perseguição, eu consegui chegar bem fácil na cola do bandido, porque o transito de Curitiba tava parado.
Daí, toda vez que o bandido conseguia desviar do transito, eu desviava junto com ele, porque, apesar do meu omnibus ser maior, ele tem a mesma largura.
Só que teve uma hora que o bandido conseguiu entrar na linha verde, que e uma rua bem grande de Curitiba.
Daí ele começou a acelerar mais rápido que eu. Nessa hora, o Paulinho falou que era pra eu parar no ponto de omnibus e falar pra todos os passageiros descerem, porque, de acordo com Isac Newman, que e um físico famoso da Galileia, o veiculo ia ficar mais leve e ia pegar velocidade mais fácil.
Daí eu parei o omnibus e gritei "recooooolhe!" que, aqui em Curitiba e o sinal internacional de que todos os passageiros devem descer.
Todos desceram, menos o Paulinho.
Daí eu acelerei e o omnibus realmente foi bem mais veloz. Em menos de 5 parsecs eu consegui alcançar o bandido.
Daí eu comecei a bater na bunda do omnibus dele com o meu omnibus. Os passageiros do omnibus dele começaram a gritar.
De repentemente, em uma manobra radical, o bandido foi pro lado e freiou, fazendo com que eu, sem vontademente, ultrapassasse ele.
Daí ele desembarcou todos os passageiros e deu meia volta.
Eu tive que dar meia volta pra continuar a perseguição, só que, como o meu omnibus era maior, eu tive que parar o transito em todas as 10 pistas da linha verde pra conseguir manobrar.
Alguns carros se chocaram contra o meu omnibus quando eu tava na metade da manobra.
Depois disso, a perseguição ficou muito mais emocionante, porque o bandido ganhou velocidade e eu tive que ganhar velocidade também.
Os dois ômnibus já estavam a cerca de 180 Km por hora, só que eu não conseguia alcançar o bandido, porque ele desviava mais fácil dos outros veículos.
Foi nesse momento que o transito parado de Curitiba me ajudou novamente.
De repentemente tinha 50 mil caminhões parados lá na frente.
Daí o bandido tentou freiar e dar meia volta ao mesmo tempo.
Só que, como eu sou mais esperto e mais sem noção, eu acelerei mais ainda.
O ômnibus do bandido deu duas cambalhotas e ficou parado com as rodinhas pra cima.
Daí, em uma manobra super radical, eu freiei o meu ômnibus subitamente e virei ele meio de lado.
Isso fez com que a parte de trás do azulão, que é interligada com a parte da frente somente por meio de sanfonas, começasse a virar sozinha como um chicote, e começasse a chegar lá na frente junto com a parte da frente do próprio ômnibus.
Entenderam?
Então, eu prendi o bandido desse jeito aqui:


Fin.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Manual de Boas Condutas no Ambiente de Trabalho

Nessa semana o chefe colou na parede um papel que diz o que pode e o que não pode fazer dentro da delegacia.
Obs: Isso só vale para os policiais. Os bandidos tem um conjunto de normas completamente diferente, que não vem ao acaso citar aqui. Obrigado.
Bom, daí o detetive Mosley e o detetive Kelson falaram pra mim que essas regras do chefe eram exclusivamente para a minha pessoa.
Eu duvidei, porque eu sou um exemplo dentro da delegacia.
Daí eu arranquei o papel da parede e vou transcrever aqui no blog, para ter a opinião dos meus próprios telespectadores:


MANUAL DE BOAS CONDUTAS NO AMBIENTE DE TRABALHO

Para garantir o bem estar dentro da delegacia, certas condutas devem ser lembradas e incentivadas:

1) Não retirar refrigerante de dentro da máquina sem colocar as moedinhas.
2) Não fazer bullying com os colegas de trabalho.
3) Não chegar na delegacia 1 hora depois do horário de início do expediente.
4) Chegar na delegacia.
5) Não usar o computador da delegacia para postar no blogger.
6) Não derrubar ovomaltine nas dependências da delegacia.
7) Não comer cheetos nas dependências da delegacia.
8) Não ensinar truques que extrapolem as funções normais do cão policial.
9) Não tirar esse papel da parede.

Observações:
- O ítem 1 serve também para a máquina que vende chocolate.
- Filmar e fotografar os colegas de trabalho pode ser enquadrado no ítem 2.
- No ítem 6, o ato de derrubar ovomaltine no próprio uniforme, mesmo que fora da delegacia, também é proibido.
- Qualquer outro produto de forte odor se enquadra no ítem 7.

sábado, 14 de julho de 2012

Batmaconha


Tem um novo traficante em Curitiba.
Toda a polícia está atrás do meliante, só que ninguém conseguiu descobrir a indentidade verdadeira dele.
Ele usa uma fantasia do Batman pra vender drogas pras pessoas.
Daí, os maconheiros da cidade estão chamando esse cara de "Batmaconha".
Como eu sou o policial que vai investigar esse caso, eu também quero um apelido.
Daí o pessoal da delegacia (exceto o chefe) se mobilizou pra criar um apelido pra mim.
Dentre os pré-selecionados:
- Moringa
- Pingulim
- Zarada
- Doutor geada
- Dupla face
- Espantarálho

O Detetive Morley e o Detetive Kelson me sugeriram que eu deveria escolher um desses vilões do Batman e me fantasiar de acordo.
Segundo eles, isso ia abalar o emocional do bandido e eu ia prender ele com mais facilidade.
Eles falaram também que era essencial que eu me auto fotografasse enquanto eu tivesse disfarçado e mandasse a foto por e-mail pra toda a delegacia. Exceto pro chefe.
Daí, seguindo essa mesma linha de raciocínio, eu tive uma idéia melhor ainda:
Eu vou pegar um holoforte (aquela lâmpada gigante que projeta luz no céu) e vou cobrir ele com a foto de um morcego, pra ele projetar a sombra do anfíbio nas nuvens. Daí, como ocorre quando o comissário Gordo faz isso no filme, o Batmaconha vai vir voando na direção do holoforte.
Daí eu vou prender ele.
Fin.

sábado, 7 de julho de 2012

Acetato Polipeptídico

A campanha de vacinação mal começou e eu já estou com medo da gripe suíça.
Por isso, eu estou fabricando medicações na minha própria casa (genéricos) e estou guardando-as para uma eventual eventualidade.
Como todo mundo sabe, os medicamentos são, nada mais, nada menos, que misturas dos mais variados elementos químicos, tais como:
- Tungstênio
- Feldspato
- Criptonita
- Acetonina
- Alinolina

Esses elementos, por sua vez, se encontram dentro dos vegetais, tais como:
- Beterraba
- Árvore
- Cogumelo
- Plânctrom
- Algas
- Os Fantasmatódeos (Bicho Pau)

Daí eu tive uma idéia revolucionária: Por que não misturar todos os elementos em uma gigantesca gosma e criar um medicamento que seja realmente genérico, ou seja, que sirva pra tratar qualquer
enfermicidade?
Então eu criei uma sopa gigante, com bastante água (da chuva, porque eu sou sustentável) e com um pedaço de cada coisa que eu encontrei dentro de casa.
Um pedaço de madeira, um pelo do cachorro, um pedaço da televisão, uma página do jornal, etc.
Da página do jornal, eu recortei algumas letras, para que elas ficassem boiando enquanto o resto do jornal afundava. Daí as crianças vão se divertir e vão esquecer que o remédio tem gosto ruim.
Vocês acham que eu esqueci da bússola (aquele papelzinho que é tipo um manual de instruções do remédio)?
Nãããããoooooo.
Como a minha medicação é composta por todos os elementos químicos da natureza e do umniverso, ela deve ser ingerida 3 vezes ao dia, junto com as refeições. Serve para o tratamento de qualquer doença, como eu já citei antes. A principal contra-indicação é a diarréia. Se os problemas persistirem, consulte o seu médico.
Fin.