domingo, 22 de fevereiro de 2009

Hoje eu tava vendo TV aqui em casa e passou um cara com uma buzina na rua.
Ela fazia assim: flim flim flim.

Eu pus a cabeça pra fora da janela e vi que o cara tava meio fantasiado de palhaço.
Daí ele olhou pra minha cara e gritou: "Aêêê tiozão!"
Eu fiquei olhando com a mesma cara, sem dar risada. Apesar de ter achado graça.

Aí ele começou a cantar: "A teta da vovó não sobe mais, a teta da vovó não sobe mais".
Era aquela música do Sílvio Santos.
Daí eu reparei que mais pessoas fantasiadas se juntaram a ele, lá na esquina.

Eu pensei: "Deve ser Carnaval. E eles devem ser de Santa Catarina, que é onde tem Carnaval. Ou não".
Como não existe Carnaval em Curitiba, eu fiquei achando que isso podia ser alguma atividade criminal. Aí eu peguei a minha arma.

Eu fui pra calçada e fiquei com as mãos na cintura, com a arma bem visível. Era um momento de tensão.

Só que passou o ônibus Patolinos. Daí não deu pra segurar a risada.

O Patolinos é uma das cinco coisas que eu acho mais engraçadas em Curitiba. As outras sete são:

1. A estátua do Homem Pelado na praça;
2. Quando a estação tubo se desprende do chão e sai rolando;
3. O Tumor;
4. Quando aquelas pessoas saíram andando de bicicleta peladas (o que é ilegal, eu admito);
5. O japonês que vende cerveja pra mim no Coletão;
6. O Coletão;
7. Aquele homem pássaro que aparece correndo quando tem jogo do Paraná Clube (como ele corre no gramado, talvez ele seja um quero-quero e tenha ninho por perto);
8. Aquele velho que tá sempre na Rua VIII e que fala com a ajuda dum aparelho, que nem o Aliens. Daí a voz dele sai toda roboctizada.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Eu achei uma foto minha na internet.
Do tempo que eu era piá.

Eu acho que o saite que publicou essa foto é da época que ela foi tirada. Se não, por que teria essa foto, né?

Eu meio que sou o 12º (dôzemo) da fila. Na época eu já era policial.


sábado, 14 de fevereiro de 2009

Hoje eu aprendi a usar o Fotoxóp.

Daí é claro que eu decidi sacanear uma foto do chefe.
Eu meio que tive que pedir ajuda pra um estagiário aqui da delegacia, mas consegui atingir o meu objetivo: diminuir bastante a boca do chefe na foto.

É claro que eu sei que isso não vai fazer ele berrar menos comigo.
Mas, subiliminariamente, isso pode ter algum efeito. Que nem quando aqueles caras espetam agulha no boneco que tem a cara de alguém.

Eu tenho medo que façam um boneco desse de mim.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Se o planeta Terra realmente estivesse girando, eu estaria tonto toda hora.
Peraí, então o planeta Terra está realmente girando!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Na semana passada eu descobri que se eu fosse no hospital e falasse que eu tava com uma doença chamada anorecsia, eles me dariam comida de graça.
A princípio, me pareceu uma idéia bem legal e gozada, porque, além de comer de graça, eu ia ganhar um atestado médico pra não ir trabalhar.
Daí eu fui executar o meu plano.
Primeiro eles não acreditaram em mim, porque eles falaram que o tamanho da minha barriga não era condizente com a de uma pessoa amnorécsica.
Depois de muita explicação, eu consegui convencer os médicos de que a minha barriga era grande por causa da cerveja. (o que não deixa de ser verdade)
Só que, daí, quando eu achava que ia começar a gozar, a gozação se voltou contra mim.
A enfermeira voltou com os resultados dos meus exames e falou pra mim que eu tinha que ser internado imediatamente.
Daí eu meio que ganhei um soro.
Depois eu dormi.
Quando eu acordei, eu estava com uma sensação gozada nas pernas. Daí eu pensei nas seguintes possibilidades:
- A enfermeira abusou sexualmente de mim enquanto eu dormia (o que ia ser legal)
- O médico abusou sexualmente de mim (o que não ia ser legal)
- Botaram implantes cimbernéticos nas minhas pernas
- Botaram implantes cimbernéticos em todos os lugares, menos nas pernas
- Eu fui sequestrado por extra-terrestres
- Eu fui amputado
- Deram banho em mim
- Trocaram as minhas calças

O fato de eu não acreditar em extra-terrestres já elimina 90 por cento dessas possibilidades.
Bom, daí o médico chegou e falou pra mim que era pra eu me cuidar mais.
Daí ele me mostrou a chapa de raio x que a enfermeira mostrou pra ele antes. Daí ele disse:
"O senhor tem muita sorte de ter vindo aqui no hospital. Tá vendo essas manchas pretas aqui no raio x? São balas. Estavam todas alojadas nas suas pernas."
Daí eu perguntei:
"Balas, tipo, de tiro?"
Daí ele respondeu:
"Sim, de tiro. São 15 no total, de tamanhos variados. Na que estava mais enferrujada está escrito 1970. Mas não se preocupe, conseguimos remover todas elas."
Daí eu pensei:
"Mas peraí. Eu não posso ter levado tantos tiros. Em todos os tiroteios que eu participei, eu tava usando colete a prova de balas."
Nesse momento eu comecei a reconsiderar a possibilidade de vida extra-terrestre.
Bom, resumindo, eu consegui aquele negócio de comer de graça, só que deu tudo errado, porque a comida do hospital é ruim e eles não servem cerveja.