quarta-feira, 29 de outubro de 2003

Vai ter uma festa de ralouín de verdade aqui na delegacia.

Até os bandidos vão participar.

Ontem o Gonzalez comprou um botijão de helio pra encher bexigas.

Daí o detetive Morley falou pra eu respirar o helio.

Eu respirei. Daí eu fiquei gozado.

Eu disse: "Eu estou diferente!"

O Gonzalez falou pra mim que eu estava com a voz igual à de um papagaio.

O helio faz isso.

Daí, quando eles não tavam olhando, eu roubei o botijão de helio.

Eu me lembrei que o Tumor late com a voz bem grave, porque ele é um cão grande.

Daí eu tentei fazer o Tumor respirar o helio. Ele ia latir igual a um púdou.

Mas não deu certo.

Vai ver só funciona com humanos.

Daí eu coloquei o botijão na viatura do chefe e soltei o helio lá dentro, com os vidros fechados pro gás não escapar.

Daí eu fiquei esperando o chefe entrar na viatura.

Primeiro eu achei que na hora que ele ligasse o giroflex, o giroflex ia fazer um barulho mais agudo. Mas não fez.

Daí ele começou a falar no rádio, mas a voz dele estava normal.

Daí o detetive Kelso falou pra mim que o gás tinha se dispersado.

Eu vou comprar mais helio.

segunda-feira, 27 de outubro de 2003

Ontem de tarde, aqui na delegacia, a gente tentou dar um banho no Tumor.

Não deu certo.

Primeiro eu tinha falado pro Gonzalez segurar o cão.

Isso deu certo.

Daí eu peguei uma mangueira e comecei a jogar água nele. Ou melhor, neles.

A princípio, o Tumor ficou meio gozado, porque ele não sabia o que estava acontecendo.

De repente, ele começou a tentar fugir.

O Gonzalez segurou ele bem forte.

Só que o Tumor é grande, e é mais forte que o Gonzalez.

Daí ele conseguiu fugir.

Geralmente, quando os cães estão molhados, eles se sacodem pra tirar a água do corpo.

O Tumor é meio diferente.

Ele entrou dentro da delegacia antes de fazer isso.

Ele passou correndo pela delegacia inteira e resolveu se sacudir no gabinete do chefe.

Não podia.

Molhou tudo.

Ainda bem que o chefe não tava lá.

Ontem choveu aqui em Curitiba.

A gente vai dizer pro chefe que tinha goteira.

terça-feira, 21 de outubro de 2003

Vocês acharam que eu tinha morrido, né?

Era mentira.

Eu estou no hospital Cajuru agora.

Tem sopa aqui.

Mas não é bom.

O médico falou que o Tumor não pode me visitar.

Eu acho que é mentira dele.

Eu acho que eu estou com dor.

Eu preciso do soro.

quarta-feira, 15 de outubro de 2003

Tem um cara aqui em Curitiba que é meio mafioso.

No mundo do crime ele é conhecido como Porco da Pizza.

Não me pergunte porquê.

Hoje o chefe me mandou ir até o restaurante que o Porco da Pizza come (pizza) e entregar aquele papel dizendo que ele tem que comparecer na delegacia para inquérito. Eu tinha que fazer o Porco da Pizza assinar o papel.

Podia doer.

Então eu levei o Tumor e o Gonzales junto, pra caso acontecesse algo (de errado).

Daí eu cheguei lá e decidi prender ele duma vez.

Decidi também tomar um pouco de cerveja.



Quando eu tava indo, no carro, eu bolei um plano.

Mas como eu sabia que eu ia esquecer dele, eu mandei o Gonzales bolar o plano B.

Se o Tumor fosse um animal racional, eu mandava ele bolar o C.



Então. Eu entrei no restaurante e perguntei pro garçom onde tava o Porco da Pizza.

O garçom disse: "Ali".

Daí eu vi ele.

Eu falei pro Gonzales me dar cobertura, mas ele é meio retardado.

Eu fui falar com o Porco da Pizza.

Ele é gordo.

E baba.

Daí eu disse assim: "Oi, tudo bem? Como é que vai o senhor?"

Isso faz parte da Psicologia Policial de Abordagem ao Criminoso. Eu tinha que ganhar a confiança dele.

Só que aí eu dei um pum.

Eu não esperava que ia sair. Eu falei que foi o Tumor.



Daí eu fiquei de saco cheio e peguei a minha arma.

Não deu certo.

Eu acho que eu me dei mal, porque agora eu estou preso num lugar bem escuro e fedido.

Pelo menos não tá doendo.

Quem estiver lendo o meu blog agora, deixe um comentário explicando o que eu devo fazer. Eu sei o que fazer (eu sou da polícia), mas quero saber o que vocês fariam. Sem gozação.

terça-feira, 14 de outubro de 2003

Eu não consegui ensinar o Tumor a morder as pessoas. Ele até saiu correndo atrás do Gonzalez, mas daí ele pulou no Gonzalez e começou a lamber ele.

Daí eu tentei roubar comida dele.

Ao invés de me morder, ele roubou o meu cardasso do meu tênis.



Eu vou comprar aquele apito que só os cães ouvem.
Hã?
Eu estou alimentando o Tumor cada vez mais.

Eu quero que ele fique maior.

Ele vai ficar maior e vai assustar ainda mais as pessoas.

Hoje à tarde eu vou ensinar ele a morder todo mundo.

Vai doer.

Eu ouvi dizer que se alguém tenta roubar a comida do cachorro, ele morde.

Eu vou dar um chocolate pra ele e daí eu vou tentar pegar de volta.



Cadê o Tumor?

domingo, 12 de outubro de 2003

sábado, 11 de outubro de 2003

Eu construí a armadilha.

Tomara que dê certo.

Se ela pegar alguém, eu vou gozar.

Se não, eu não gozo.

Na hora que eu gozar eu escrevo aqui no blog.

Agora eu tenho que ficar na espreita.



Eu vou ficar fingindo que eu sou o Chuck Norris.
Eu estou no meu gabinete agora.

Eu estou desconfiando que hoje todo mundo tá de sacanagem comigo.

Até o Tumor.



Eu vou construir uma armadilha.

Esperem um pouco.
O Gonzalez inventou que vai fazer uma festa de ralouín aqui na delegacia.

Eu vou contar pro chefe.

Eu tenho medo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2003

De buk is on de teibou.

terça-feira, 7 de outubro de 2003

Vocês sabem daquele filme do Charles Bronson e do Chuck Norris que eles tem que matar um cara que é japonês e luta "artes marcianas"?

Hoje eu descobri que tinha um filme que esse cara japonês é um policial.

O que é errado, porque naquele filme do Charles Bronson e do Chuck Norris ele já era um bandido.

Mas mesmo assim eu fui ver o filme.

A propósito, o nome dele é Jack Lee.

No final do filme ele bota uma agulha na cabeça do bandido e ela explode.

Isso é um erro, porque se você bota uma agulha na cabeça de alguém, ela murcha.

O filme era cheio de erros.

Tinha uma cena que tinha um negão.

O filme era bom.



Amanhã eu vou tentar dar um golpe de caraotê no primeiro bandido que eu ver.

Eu vou dizer: "Iá".

Eu tinha que falar pro chefe que a polícia tinha que ter umas espadas.

Vai ser legal.
Hoje eu fiquei com medo.

O elevador do shopping itália parou com eu dentro.

Eu achei que ia doer.

Tinha mais gente junto.

Eu acho que eles estavam com mais medo que eu.

Ou não.

Como eu era da polícia, eu tinha que fazer alguma coisa pra tirar todo mundo do elevador. Vai que o prédio desaba!

Daí eu me lembrei daquele filme que o Chuck Norris está tentando desarmar uma bomba que está grudada no elevador enquanto o Charles Bronson procurava o bandido dentro do prédio.

Eu disse pra todo mundo que não precisava entrar em pânico.

Daí eu disse que talvez tivesse uma bomba grudada no lado de fora do elevador.

Era mentira. Mas eu fiquei com medo que fosse verdade.

Daí eu abri o teto do elevador pra mim poder sair.

Não deu certo.

Era um buraco muito pequeno. Não é assim nos filmes.

Eu fechei de novo.

Daí alguém fez um pum.

Não podia.

Eu tive que abrir o teto de novo.

De repente o elevador começou a descer pra baixo bem rápido.

O meu carro tava la em baixo.

Ia doer.

Daí o elevador parou de novo.

Ele tava de gozação.

A porta abriu e tinha um monte de bombeiro esperando do lado de fora.

Daí saiu todo mundo, menos eu.

Daí eu apertei o botão do subsolo, que era onde tava o meu carro.

O elevador funcionou normalmente.



Eu nunca mais vou estacionar o meu carro no shopping itália.

segunda-feira, 6 de outubro de 2003

Hoje de manhã a sociedade protetora dos animais veio inspecionar a delegacia, por causa do Tumor.

Eles chegaram na constatação de que a casinha do Tumor, que fica do lado de fora da delegacia, era muito pequena pra conter ele.

Eu acho que não.

No inverno, quando fazia muito frio, ele dormia do lado de fora da casinha. Ele não gosta de entrar.

Daí eles disseram que não.

Eu tentei explicar pra eles que o Tumor era preto, e por isso ele absorve calor do meio ambiente.

Ele não pode viver em lugares fechados.

Eu tava quase convencendo eles, quando de repente veio o Tumor e depositou uma sacola com drogas no meu gabinete.

Eu disse pra ele que isso era feio.

Daí ele babou.

A sociedade protetora dos animais quase levou ele embora.

Daí ele começou a chorar e eles deixaram ele ficar.

Daí eu dei um copo de ovomaltine pra eles e eles foram embora.

domingo, 5 de outubro de 2003

O Det. Kelso acabou de me aprontar uma.

Ele botou uma cãmera de filmar em cima do armário que tem no meu gabinete.

E se escondeu debaixo da minha mesa.

Na hora que eu entrei ele pegou na minha perna bem forte e gritou: "RAMIREZ!"

Não foi legal.

E a cãmera tinha filmado tudo.



Antes de eu me levantar do chão o Det. Morley chegou bem rápido, pegou a cãmera e levou ela embora. Ele e o Kelso saíram dali antes que eu pegasse a minha arma.

Tudo foi muito rápido.

Agora eu estou aqui no meu gabinete sem saber o que vai acontecer.

A partir de agora em diante, sempre que eu quiser entrar no meu gabinete eu vou mandar o Gonzales na frente.



Depois eu vou tentar pedir a cãmera emprestado pra fazer a mesma coisa com o chefe.

sábado, 4 de outubro de 2003

Hoje me disseram que foi o meu aniversário.

Mas eu não acreditei.

O pessoal da delegacia queria fazer uma festa pra mim.

Mas eu fiquei com medo que jogassem ovo no meu carro.

Daí eu nem fui trabalhar.



Eu fiquei em casa sem saber o que fazer.

Eu pude comer bastante e tomar muita cerveja.

Então eu decidi fazer uma máquina que produz cerveja (clandestinamente).

Eu uni vários apetrechos da minha cozinha e construí a máquina.

Saiu mesmo um líquido de dentro dela.

Daí eu me lembrei daquele episódio dos Zimpzons, que o Gomer faz uma bebida clandestina dentro dum troço e goza com todos os habitantes de Stingfild.



Eu me senti o Gomer.

Daí eu tentei emitir aquele som que ele faz quando faz alguma merda.

"Dã!"

Eu consegui.

sexta-feira, 3 de outubro de 2003

Estou ficando sem timbre.

quarta-feira, 1 de outubro de 2003

Hoje de manhã eu derramei ovomaltine no meu uniforme da polícia.

Ficou marrom.

Daí eu tentei lavar.

Ficou mais marrom ainda.

Eu tive que ir trabalhar descaracterizado.

Daí eu levei o ovomaltine, pra derramar nos outros uniformes, das outras pessoas. Assim todo mundo ia ficar igual.

Eu peguei os copos de plástico que tem na delegacia e fiz um furo em baixo de cada um.

Daí eu deixei uma jarra de ovomaltine na mesa do Gonzalez, pra todo mundo pensar que era culpa dele.

Daí eu fui embora.