domingo, 26 de julho de 2009

Factos da minha infância - parte 1

Hoje eu vou contar a história da primeira vez que eu prendi um bandido.
Estava eu e o Gonzalez dentro do ômnibus escolar que ia sair de Curitiba e levar a minha turma da escolinha para visitar a cidade de Anhanhanhenha, interior de São Paulo.
Na saída de Curitiba, o ômnibus caiu numa emboscada.
A BR 116 - a Rodovia da Morte - ainda era de terra, e não de asfalto.
Daí os bandidos cavaram um buraco pro ômnibus atolar e eles poderem entrar e assaltar todo mundo.
Só que eles não sabiam que era um ômnibus escolar e que, consequentemente, não tinha dinheiro. Daí eles fizeram uma cara de decepção que eu não vou me esquecer até hoje. Todos os meus coleguinhas começaram a apontar pros bandidos e dar risada.
Menos o o Gonzalez, que já tava chorando igual a uma menininha.
Apesar de que todas as menininhas estavam rindo também.
Daí eu apontei pra cara do bandido chefe e comecei a dar mais risada ainda.
Daí eu falei: "Eu vou contar tudo pra tia!"
Acho que foi a primeira vez da minha vida que eu gozei.
Bom, daí, não satisfeitos, os bandidos resolveram sequestrar o ômnibus.
Daí eles apontaram uma arma pra cara do motorista e fizeram ele sair dirigindo.
Nesse momento eu já tava achando tudo alucinante.
Daí o motorista passou mal e morreu, deixando o ômnibus descontrolado.
Adivinha quem já tinha dirigido um ômnibus antes?
Eu.
Daí eu assumi a direção.
Os bandidos falaram que era pra eu ir o mais longe possível de Curitiba.
Só que eu fiz justamente o contrário, eu voltei e comecei a ir na direção do departamento de polícia de Curitiba.
Quando eu finalmente cheguei no asfalto, eu acelerei o veículo (vocês acharam que eu ia escrever a palavra ômnibus novamente, né? Mas eu não escrevi!).
Daí eu fiz igual naquele filme do Keanuss Rível que o ômnibus tem uma bomba e sai correndo em velocidade máxima: "Aceleração Total".
Eu comecei a fazer manobras radicais e, finalmente, eu arremessei o ômnibus contra a delegacia.
Bom, daí é lógico que a polícia prendeu os bandidos na hora. (naquela época não tinha essa frescura de ambulância e direitos humanos de hoje em dia.)
Mas eu considero até hoje que fui eu que prendi os bandidos.
Quem tiver a oportunidade de passar na frente do prédio do departamento de polícia de Curitiba pode dar uma olhada no muro, que ainda tem uma marca do impacto com o veículo.
Fim.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Nutrientes, proteínas e sais minerais

Hoje eu fiz algo que eu nunca mais tinha feito: eu almocei. Deram um monte de comida pra mim e eu engoli tudo.

Deixa eu explicar desde o início: nem todos os policiais lá da delegacia estão com gripe suíça. Os que não estão meio que ficaram sensibilizados com os que contraíram o vírus HM1AZY1 e estão cuidando deles, na medida do possível. Como eu moro sozinho, o detetive Morley veio aqui em casa hoje e deixou uma “marmota”.

“Marmota” é um negócio estranho. Deve ser de origem alienígena. É meio que um prato de metal, com uma tampa de metal. Mas ela é mole! Tipo, é um metal que amassa na mão. Logo, não pode ser de metal. Mas é! De qualquer forma, depois que eu esvaziei a “marmota” eu a amassei, fazendo um disco com ela, e joguei para o alto, no meu quintal. Isso foi pra assustar o meu vizinho, que deve ter achado que era um disco voador (tomara que ele faça uma conexão entre isso e os “círculos anielígenas” que eu desenhei no meu gramado). Eu sou um gozador genial.

Bom, dentro da marmota tinha um monte de alimento. Daí eu me nutri. Só que eu passei mal, porque tinha comida DEMAIS.

Depois de comer eu deitei no chão, no meu gramado com inscrições anielígenas. Pra ajudar na indigestão, eu pretendia fazer a photossítese, já que tinha sol. Mas justo pelo fato de ter desenhos anielígenas ali na grama, que com certeza me influenciaram, quando eu fui me levantar, me deu meio que uma pontada na barriga.

E é exatamente nesse ponto que eu queria chegar pra mostrar uma coisa bem legal que saiu no jornal de hoje: uma foto antiga do Gonzáles, quando ele jogava no Desportivo Jacutinga, um dos 64 times que se fundiram pra formar o Paraná Clube. Ele é o da esquerda, em pé:

sábado, 11 de julho de 2009

Esqueceram de mim

Bom, como todos sabem, eu estou isolado em casa por causa da gripe suíça.
Daí eu meio que fiquei preocupado, porque, como a delegacia está fechada por causa da gripe, os policiais não estão trabalhando.
E, pra piorar tudo, a gente teve que soltar os bandidos também, porque senão eles iam pegar a gripe suíça (o que eu ia achar gozado).
Então eu passei a noite inteira montando armadilhas em casa pros bandidos não entrarem. Eu fiz isso inspirado naquele filme "Esqueceram de Amin", que o piá chamado Kelvin fica sozinho dentro da casa, daí o Maicou Jécson fica tentando entrar (daí vai da mente do telespectdor imaginar o que o popstar queria fazer com o piá).
Bom, daí eu fiz os seguintes procedimentos:
1) Passei super bonder em todas as portas e janelas.
2) Coloquei dinheiro falso do lado de fora, pro bandido achar que não precisa entrar.
3) Coloquei um monte de faca apontada pra cima no fundo da churrasqueira. (O bandido pode tentar entrar pela chaminé. O Papai Noel também.)
4) (prestem atenção que essa aqui foi genial.) Usei a máquina de cortar grama pra desenhar no meu próprio jardim um sinal de origem extra-terrestre, igual naquele filme do Gel Migson. Eu acho que o bandido vai ficar com medo disso.
5) Coloquei fotos de pessoas que eu tenho medo (ver posts anteriores) do lado de dentro das janelas, como se elas estivessem olhando pra fora.
6) Como eu não tenho medo de bandido, eu estou passando todas as noites do lado de fora da casa, escondido atrás de uma moita com a arma na mão, pra pegar o meliante em fragrante.

domingo, 5 de julho de 2009

Consumismo eletrizante



Esse fim de semana eu saí pra passear. Foi legal.

Como todo curitibano num dia de sábado, eu fui pro Shopping Itália. Não me deixaram entrar lá com o Tumor. Mas eu falei que ele era um cão policial que tava ali pra farejar bombas e drogas, já que eu tinha recebido uma denúncia de que ali no shopping tinha bombas com drogas dentro (isso é muito perigoso). Daí eu pude circular com o cão.

Quando eu passei pela vitrine de uma loja eu vi um negócio que meio que TINHA que ser meu. Era uma máquina de fazer sanduíche com o autógrafo do Pelé em cima. Eu deixei o Tumor amarrado num quiosque do MéqueDonalds e entrei na loja.

Daí o vendedor quis me convencer que o que eu tinha visto na vitrine não era bem o que eu tinha visto. Disse que a máquina não fazia sanduíche, ela só prensava ele e deixava ele quente. O pão e o recheio eu é que tinha que colocar ali. O que era mentira, porque na foto da caixa tinha um monte de comida saindo de dentro do aparelho, inclusive sanduíche pronto. E o pior: o cara veio com um papo de que o autógrafo não era o do Pelé, e sim de um jogador de boxe chamado Jorge Foderman. Se eu não tivesse tão brabo eu teria gozado com o nome desse cara lá na hora. Pois se tinha até uma foto do Pelé na caixa, segurando um hamburguer numa mão e com a outra socando o ar, como quando ele fazia gols!

Aí eu fiz a coisa mais sensata, do ponto de vista do consumidor: comprei o negócio em 3x sem juros. Só pra chegar em casa e provar que o vendedor tava errado. E adivinhe só: a máquina veio com problema. A bendeja que era pro sanduíche aparecer veio inclinada, toda torta.

Daí eu troquei todo o valor do produto em Frandangos. Mas só depois de tirar o Tumor do quiosque do Giraffo's. Ele tinha ficado lá até hoje à tarde.

sábado, 4 de julho de 2009

Gripe Suíça

Pronto.
A delegacia está infectada.
Consequentemente, eu fiquei de férias.
Isso vai ser bom, porque agora é bem na época das férias escolares.
Eu acho que o vírus foi disseminado na delegacia por meio do Gonzalez.
Ele andou abrindo uns e-mails da família dele, que é de origem latina.
Não pode abrir e-mail na delegacia justamente por causa disso.