terça-feira, 18 de outubro de 2005

Parte 3:
"A gozação continua"
Bom, no meu terceiro dia de missão secreta eu tive que entrar em contato com vários traficantes.
Daí eles me deram um aparelhinho que muda a voz das pessoas, pra polícia não reconhecer.
Só que não tinha graça, porque era um negócio que você colocava no telefone e só a pessoa do outro lado da linha ouvia diferente.
Igual naquele filme que tem o cara que liga pras mulheres e passa um trote antes de matar elas. O Djeizon.
Bom, daí eu não gostei, porque eu achava que o aparelhinho de mudar a voz funcionava apontando ele pras pessoas. Tipo assim: O chefe está falando com alguém, daí eu aponto o aparelhinho pra ele e aperto o botão. Daí a voz dele fica fininha. Isso ia ser gozado.
Mas, voltando ao assunto, eu aproveitei essa oportunidade pra passar trotes pra várias pessoas que eu conheço.
Primeiro eu liguei pro chefe e falei que eu era o Djeizon e que eu ia matar ele.
Depois eu liguei pro detetive Morley e falei pra ele que eu era a delegada. A delegada é gostosa.
Daí eu liguei pro detetive Kelso e falei que eu era o Serginho Malandro.
Por último eu liguei pro Gonzalez e disse que eu era eu mesmo só que a minha voz estava mais grossa, porque eu tinha ficado maior.
As instruções do chefe eram pra eu ligar pros traficantes e descobrir quem eles eram. Mas eu acho que eu não fiz isso.
É, eu não fiz.

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

Agora eu vou dizer o que aconteceu no segundo dia de missão secreta:
Depois de descobrir o local de encontro dos traficantes, eu me fantasiei de traficante e fui esperar.
Pssou 3 horas e não apareceu ninguém.
Eu cheguei a uma conclusão:
Os bandidos descobriram o plano da polícia.
Ou eu estava no lugar errado.
Ou eles estavam no lugar errado.
Ou alguém tava tentando me gozar.
Daí eu meio que me lembrei que eu tinha drogas no bolso e que isso era meio perigoso.
Então, pra polícia não me pegar, eu comecei a esvaziar os pacotes.
Nessa hora, chegou um bandido. Ele perguntou bem assim: "Tu que é o mano bizunga?"
Eu tive que me segurar muito pra não dar risada. Bizunga não é uma palavra que se ouve todo dia.
Daí eu disse que sim e ele me levou pro carro dos bandidos, que por sinal era preto, como eu tinha imaginado.
O chefe dos traficantes era barbudo, como eu tinha imaginado também.
Daí o carro começou a andar. O carro foi bem longe.
Durante a viagem, eu disse coisas do tipo: "Daê, mano" "Cadê as trêta" "Cuidado cos poliça"
Eu não tenho certeza se é assim que eles falam, mas de qualquer forma eu gozei.
A viagem acabou em Foz do Iguaçu, que é aquela cidade que aparece no desenho do pica-pau, que o Leôncio entra num balde gigante e cai na cachoeira.
Daí eles me falaram que a minha função era dar dinheiro pra polícia deixar a gente atravessar a fronteira sem revistar o carro.
Ou seja, nós estávamos indo pro Mexico.
Semana que vem eu conto o resto. Ou não.

sexta-feira, 7 de outubro de 2005

Hoje eu vou falar como que continuou a minha missão secreta.
A polícia pegou um traficante que ia se encontrar com outros traficantes. Daí a gente fez um interrogatório nele pra ele falar tudo. Ele ficou numa salinha, daí entrou eu e o Gonzalez. O Gonzalez era o tira do bem. Eu era o malvadão. Igualzinho naquele filme que o Chuck Norris e o Charles Bronson faziam isso. Tem toda uma questão de psicologia policial que eu não vou explicar agora.
O que importa mesmo é que era uma grande oportunidade pra gozar na cara do bandido.
Bom, daí o Gonzalez perguntou pra ele o que ele estava fazendo as 3 horas da manhã do lado do Shopping Itália com 2 quilos de maconha.
Na hora que ele disse "Shopping Itália" eu comecei a dar risada.
O bandido olhou pra mim e começou a rir também. Daí eu parei de rir, tirei o meu óculos e fiquei olhando pra cara dele.
Ele fez uma expressão de medo. Eu acho que ele sentiu que eu ia gozar.
Daí eu tirei um cigarro de dentro do bolso e peguei um fósforo.
Eu risquei o fósforo na minha cara pra acender o cigarro.
Não deu certo.
Daí o bandido começou a rir de novo.
Daí eu risquei o fósforo na cara dele. Não acendeu de novo.
Daí eu comecei a ficar puto.
O Gonzalez olhou pra mim e pediu pra eu me acalmar. Daí ele perguntou de novo. O bandido não respondeu.
Daí eu fui lá do lado de fora da delegacia, que tava tendo uma demonstração de como usar camisinha. Na demonstração eles tavam usando um pinto de mentira.
Daí eu peguei o pinto de mentira e levei pra mostrar pro bandido.
Quando eu cheguei lá, o Gonzalez não tinha conseguido fazer ele falar ainda.
Daí eu mostrei o pinto e falei bem assim: "Ó se você não falar.."
Nessa hora eu acho que ele ficou com medo.
O Gonzalez também ficou meio que com medo do pinto.
Daí eu pedi pro Gonzalez algemar o bandido de frente pra parede.
Nessa hora o bandido confessou. Daí a gente descobriu quem estava controlando os traficantes.
Antes de sair, eu apontei o pinto pro bandido e gozei.
Eu falei bem assim: "Use sempre camisinha, tá?"