domingo, 26 de dezembro de 2010

Medo

Ontem entrou um gato preto pela chaminé da delegacia.
Na hora eu fiquei com medo, porque eu achei que era o bom velhinho.
Depois eu fiquei com mais medo ainda, porque eu vi que era um gato preto. Talvez fosse o mesmo gato preto que fica falando nomes de pessoas no telhado.
Bom, daí eu fiquei com mais medo ainda, porque eu me lembrei de uma outra coisa que geralmente aparece nessa época do ano: o Espírito de Natal.
Eu tava sozinho na delegacia e eu meio que comecei a sentir a presença de coisas que não existem.
O Espírito de Natal é o que ajuda o bom velhinho a punir quem se comporta mal durante o ano, ou seja, eu.
Ele é tipo um homem do saco, só que virtual.
Todo espírito é meio que virtual.
Tomara que não apareça por aqui nenhum espírito de porco.
Falando nisso, aqui na região metropolitana de Curitiba existe uma criatura que é meio que uma mistura de javali com porco. Os cientistas chamam esse hibrido de Javaporco. Sem gozação. Se vocês acham que eu to gozando, entrem no Doogle e digitem “Javaporco”.
Bom, daí eu fiquei com mais medo ainda, porque, imaginem se aparece o espírito do javaporco.
Ia doer.
Daí eu tive uma presença de espírito e fui embora.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Eletricidade máxima

Hoje eu não tinha nada pra fazer e resolvi dar um choque no chefe.
Mas era só de brincadeirinha.
Eu não estou com a consciência pesada porque eu também tomei vários choques na hora que eu tava preparando a gozação.
Daí foi bem assim:
Primeiro eu tirei o fio do meu tênis e enfiei uma ponta na tomada.
Daí eu amarrei a outra ponta numa cadeira.
Daí eu sentei na cadeira pra testar.
Só que isso não deu certo.
Isso aconteceu por causa do coinfinciente de atrito da substancia que compõe o tênis.
Eu já meio que sabia que isso ia acontecer, porque quando eu tô de tênis e encosto na viatura eu não tomo choque.
Daí eu subi no telhado da delegacia e peguei o fio do para-raio.
Esse sim transmite electricidade.
Consequentemente, na hora que eu botei o fio na tomada, eu tomei um choque.
Daí eu resolvi fazer isso usando luvas. De borracha.
Isso deu certo.
Daí eu fiz todo o procedimento de botar o fio na cadeira e fiquei esperando o chefe sentar.
Eu tava no meu gabinete e a cadeira dele estava no gabinete dele.
Na hora que o chefe entrou na delegacia, eu comecei a rir. Muito.
Daí, e obvio que ele foi direto no meu gabinete perguntar o que tava acontecendo.
Eu respondi pra ele que eu tinha acabado de ler uma piada eletrizante na internet.
Quando eu percebi que eu tinha feito, involuntariamente, uma piada, eu comecei a rir. Por dentro.
Eu comecei a gozar por dentro também.
Daí o chefe foi pra dentro do gabinete dele.
A partir desse momento, começou a acontecer uma gozação atrás da outra, antes de chegar no grande ápice da sentada na cadeira.
Primeiro, o chefe fez um telefonema no celular.
Daí ele disse: “Alô, aí é do batalhão de choque?”
Na hora que ele falou a palavra “choque”, eu tava tomando ovomaltine e o achocolatado saiu pelo meu nariz.
Depois, o chefe falou que o clima de guerra com os traficantes em Curitiba tava tão forte que parecia a Tomada da Bastilha.
Na hora que ele falou “tomada”, eu tava com dor de barriga e sujei as calças.
Daí eu tive que ir no banheiro me limpar.
Quando eu voltei, o chefe não estava no gabinete.
Daí eu resolvi testar a cadeira electrica.
Tomei um choque.
Daí eu tive que ir no banheiro novamente.
Só que, dessa vez, eu precisei fazer o numero 1 tambem.
Bem nesse exato momento, o chefe entrou no banheiro.
Enquanto eu mijava, ele perguntou pra mim se eu não tava chocado com os níveis de violência em Curitiba.
Quando eu ouvi a palavra “chocado”, eu mijei pra todo lado.
Finalmente, o chefe resolveu ir pro gabinete.
Como o chefe é velho, na hora que ele sentou, ele foi se abaixando bem devagar. Daí, em um determinado momento, saiu um raiozinho da cadeira e entrou na bunda dele.
Nessa hora eu comecei a rir e a passar mal.
Quando eu vi que o chefe nem sentiu o choque, porque ele é gordo, eu comecei a rir mais ainda. E a passar mal mais ainda.
Quando eu achei que não tinha mais como passar mal, o Detetive Kelso veio correndo e falou: “ O Ramirez tá passando mal. Tragam o desfibrilador!!!”
Quando eu ouvi a palavra “desfibrilador”, eu tive um troço e fiquei desacordado.
Depois eu acordei no hospital com vários médicos chocados com o meu estado físico.
Fim.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Hidreto de Sulfônio

Hoje eu inventei uma substância química nova.
Eu tive que inventar essa substância porque eu estava sem munição pra prender o bandido.
Foi bem assim:
Eu tava dentro da lanchonete Aderbal`s, que é uma famosa rede de Fest Fúd da região metropolitana de Curitiba.
Daí, bem na hora que eu ia ingerir o meu Aderlanche Feliz, entrou um monte de gente atirando na lanchonete.
Eu, mais do que rapidamente, escondi o Adershake e as Aderfritas pra elas não levarem um tiro.
O Aderburguer eu escondi no meu estômago.
Só que eu precisava contra-atacar os bandidos, porque eu precisava continuar comendo.
Foi nessa hora que eu tive uma idéia genial.
Eu fui até o balcão e pedi várias garrafas de Pop-cola e vários pacotes de Mentos.
Todo mundo sabe que, quando se mistura Pop-cola com Mentos, acontece uma reação química exoesquelética (que produz gozação).
Daí eu fiz isso.
Em cerca de 5 segundos, as garrafas de Pop-cola começaram a lançar o líquido explosivo na direção dos bandidos, os quais foram derrubados e sofreram queimaduras de 15° grau.
Depois eu fui ver o estrago e percebi que havia um resíduo da reação química. Daí eu decidi arbitrariamente dar um nome pra esse resíduo. O nome é Hidreto de Sulfônio.
Fim.