quarta-feira, 30 de julho de 2003

Hoje de tarde eu saí pra passear com Tumor, o cachorro policial da delegacia.

Foi bem legal, porque o Tumor é grande e as pessoas tem medo.

Na verdade ele não morde, ele só cheira drogas. Mas eu digo pras pessoas que ele morde, porque é mais gozado.

Daí eu vi uma mulher saindo de um prédio com um cachorro bem pequeno. Eu acho que a raça dele era púdou.

Só que o Tumor não percebeu. Mas eu queria que ele visse.

Daí eu peguei a cabeça dele e virei na direção do púdou. Eu apontei pro púdou e disse: "Tumor, olha lá o nenê."

Daí o Tumor ficou brabo e começou a latir.

O púdou começou a latir também.

Eu fiquei com medo.

A mulher do púdou ficou com medo também.

Eu acho que o púdou estava drogado, por isso que o Tumor latiu.

Só que como eu tava com medo do púdou, eu não fui investigar.

Daí, eu e o Tumor fomos embora.
Hoje de manhã eu tentei fazer o prédio da delegacia entrar em dobra.

Quase pegou fogo.

Daí o chefe disse que não.

segunda-feira, 28 de julho de 2003

Hoje de tarde chegou aqui na delegacia o novo cão policial que a gente vai usar pra perseguir os bandidos e morder eles.

O nome do cão é Tumor.

Fui eu quem dei.

Daí eu alimentei ele com bastante fandangos e cerveja.

O Gonzales disse que não era pra mim fazer isso, mas eu fiz mesmo assim.

Eu não tô nem aí.

Daí o Tumor ficou todo gozado. Parecia que tinha uma anomalia nele.

Eu mandei o Gonzales levar ele até o cachorrologista, pra curar o Tumor.

Quando o Gonzales tinha levado ele pra lá, o chefe viu que o Tumor não estava mais na delegacia e me mandou achar ele.

Daí eu disse que o Gonzales levou o Tumor pra casa pra assar ele e dar pra família toda comer. Porque o Gonzales é meio subdesenvolvido, então ele tem que fazer isso.

Depois eu perguntei pro chefe se o Tumor ia ser um cão tipo o Rim-Dim-Dim.

Ele disse que o Tumor serve só pra cheirar drogas.

Ou seja, o Tumor usa drogas. Automaticamente.

Tomara que o Gonzales coma ele mesmo.

Hoje de manhã eu tava assistindo o canal Discóveny. Tava passando um documentário sobre os animais da floresta.

Daí eu dormi e sonhei que existia um bicho novo. O nome dele era girolim.

Ele era bem pequeno e peludo, e ficava rodando.

Daí eu me lembrei que aqui em Curitiba tem um ônibus chamado Palotinos.

Daí eu comecei a rir e acordei. Foi psicodélico.

sábado, 26 de julho de 2003

Agora de noite eu abri o jornal para ver o meu ortrocoscópio, aquele negócio dos signos.

O ortrocroscrópio dizia que eu ia ganhar muito dinheiro. Eu fiquei feliz.

Ele dizia também que eu ia ficar muito feliz. Então eu acho que era verdade.

Agora eu vou comer fandangos.

Não tem.

Só que isso não dizia no orscrosproscópio.

Eu vou lá no centro pra ver se algum cigano vai ler a minha mão de graça.
Hoje de manhã teve um julgamento.

O julgamento foi no tribunal.

Pra quem não entende de policiologia, o julgamento é um troço que acontece quando um bandido faz algo mas tem gente que não acredita que ele fez. Tem um cara que fica tentando dizer que ele é malvado. O objetivo é fazer com que todos escutem a esse cara.

Se o bandido tem bastante dinheiro, é mais fácil pra ele não ir pra cadeia, se ele é pobre, ele é preso.

Isso acontece por causa da burocracia.



Enfim.

Eu estava lá no tribunal.

Eu era um daqueles caras que tem que decidir se o cara é culpado (e sempre é) ou inocente. É bem fácil. E eu acho legal porque esses caras assim sempre aparecem nos filmes.

Daí eu me lembrei daquele episódio do Arquivo Z, quando o agente Boulder (que também é da polícia de Curitiba) disse pra todo mundo que ele tinha achado uma pedra que vinha do espaço e tinha uma gosma preta dentro. Daí tinha aquele cara do cigarro, que sempre tentava achar um meio de fazer gozação com o agente Boulder.

O episódio acabava num julgamento.

Era o episódio mais engraçado da série. Tinha muita gozação, era risada do começo ao fim.

A parte mais legal foi quando cortaram o braço do Krubchevsky.

Ele era meio russo.

Na hora que cortaram o braço dele eu disse bem alto: "Isso deve ter doído!"

Daí eu ri bastante, por um bom tempo.

Quando eu me lembrei disso lá no tribunal eu comecei a rir bastante.

E ninguém sabia o porquê.

Daí eu ri mais ainda.



Eles pararam o julgamento e pediram pra eu me "recompor".

Eu disse que não.

Quem precisava se "recompor" eram eles.

Daí eu ri tanto que passei mal.

Teve um cara que me trouxe um copo de água.

Mas eu preferi ficar passando mal.



Daí eu tive uma idéia, inspirado numa coisa que eu tinha visto num filme do Chuck Norris.

sexta-feira, 25 de julho de 2003

Eu estou com algum tipo de doença.

Parece que é grave.

Mas talvez não seja.

Deve ter sido por causa do aparelho que o médico mandou eu usar.

Ou não.

terça-feira, 22 de julho de 2003

Hoje eu fiquei com vontade de ir lá na Estação e fui.

Eu nunca entendi aquele lugar.

Tem um trem, mas eu nunca vejo ele saindo.

Teve um dia que eu tava por lá e escutei um apito do trem, mas quando eu corri pra lá ele tava parado.

Eu perguntei pro segurança se era gozação e ele disse que era.

Daí eu tentei entrar dentro do trem e ele não deixou.



Enfim.

Hoje quando eu estava lá não tinha nada de legal.

Eu vi que no cinema tava passando Operação França 2, que é o novo filme do Bud Spencer, mas eu tava sem dinheiro pra ver.

Daí eu tive que ir embora.

Eu ia saindo do estacionamento, quando tive que enfiar o cartão naquela maquininha, pra que ela levantasse o pau pro meu carro passar.

Daí eu pensei que ia ser legal se eu fosse com o carro bem acelerado e enfiasse o cartão sem frear.

Ia ser tipo Missão Improvável, do Charles Bronson.

Daí eu fingi que tinha uns alienígenas me perseguindo, e acelerei bastante.

Eu devia estar a uns 70 Km por hora.

Não deu certo o que eu esperava.

Doeu.

E eu perdi o cartãozinho na pancada.

Daí disseram que pra mim sair de lá eu tinha que preencher um formulário (que é um tipo de documento) pra provar que eu não tava roubando o meu carro. E falaram que eu tinha que dar dinheiro pra eles também.

Eu mostrei a minha arma pra eles e eles pararam de me gozar.

domingo, 20 de julho de 2003

Hoje de manhã eu tive que ir no dentista.

Eu já sabia que ele ia falar que eu tinha que colocar um aparelho.

Daí eu resolvi enganar ele.

Eu entrei num banheiro do shopping itália e parei na frente do espelho.

Daí eu peguei uma caneta e comecei a desenhar um aparelho no meu dente.

As pessoas que iam entrando no banheiro davam risada. Daí eu apontava a arma pra elas e elas paravam.

Quando eu terminei, eu fechei a boca e saí do banheiro. Eu não queria que ninguém me visse naquelas condições.

Daí apareceu o Gonzalez.

Se ele me visse com o "aparelho" na boca, ele ia contar pra todo mundo na delegacia. Então eu continuei com a boca fechada.

Daí ele veio falar comigo.

Ele disse oi.

Eu sacudi a cabeça.

Ele não entendeu.

Daí, pra poder falar com ele, eu peguei um pedaço de pano e tampei o olho dele.

Daí eu disse pra ele que tinha uma surpresa no estacionamento, porque era aniversário dele.

Ele disse que não. Mas daí ele foi pro estacionamento.

Eu falei pra ele que era pra ele sair do elevador e andar 10 passos pra frente. Daí ele podia tirar o pano do olho.

Eu não sei o que aconteceu, porque eu não fui junto.

Daí eu fui no dentista.

Ele me mandou deitar naquela cadeira que eu tenho medo e abrir a boca.

Daí ele falou que o meu dente tava todo azul.

Eu achei que ele tava de gozação.

Daí ele me mostrou o meu dente pra mim no espelho e tava azul mesmo.

Daí eu disse pra ele que era o flúor que ele tinha colocado.

Ele disse que não.

Daí eu disse que era o astato.

Mas eu acho mesmo que era o galilênio.

Daí ele falou pra mim que eu tinha que colocar aparelho.

Eu disse pra ele que da utima vez que ele falou isso eu tinha colocado e daí, na semana passada eu tirei.

Ele falou que não.

Daí eu disse pra ele que eu ia colocar. Era mentira.

Quando eu tava indo embora, eu perguntei se eu podia levar um pouco de bromo, pra deixar o dente do Gonzalez azul.

Ele disse que não.

Daí eu fui embora.
Ontem de noite eu vi um OVNI.

Ele estava voando e eu não pude identifica-lo.

Daí eu estacionei o meu carro, para ver se não tinha acontecido uma anomalia.

Não.

quarta-feira, 16 de julho de 2003

De manhã eu tava vendo o meu imeiou num computador da delegacia.

Daí apareceu um cara barbudo.

Ele falou pra mim que tava acontecendo um assalto num prédio, lá no centro.

Eu perguntei pra ele se o nome dele era Barbosa.

Ele disse que não. Mas ele tinha uma barba, ele tava mentindo.

Daí eu perguntei pra ele qual era o nome dele de verdade.

Ele disse que era Jiler, ou coisa parecida. Eu disse pra ele que ele tava mentindo, porque esse nome não existe.

Daí ele disse pra mim que era pra eu parar de enrolar, porque tinha um assalto acontecendo.

Eu disse que não.

Na verdade, eu tava com preguiça, mas eu disse pra ele que eu tinha que terminar de ver o meu imeiou primeiro.

Daí ele disse que eu era um cosséba.

Eu achei essa palavra gozada. E comecei a rir.

Daí ele berrou: "óqueiiii"

Eu fiquei com medo.

Daí eu falei pra ele que se ele queria fazer uma denúncia, eu precisava do nome completo dele.

Ele disse que não.

Daí eu apontei a arma pra ele e ele falou o nome.

Era Cazimiro João Jiler.

Daí ele ficou com vergonha e foi embora.

Geralmente sou eu que vou embora.

Daí eu fui embora também.

segunda-feira, 14 de julho de 2003

Hoje eu dei um tiro num computador daqui da delegacia.

Eu tava discutindo com um cara de outro blog e tive que disparar.

Eu não tive opção.

Mas na hora que eu dei o tiro fez um barulhão legal, daí eu dei muita risada.

Tinha uma prostitútera, daquelas que sempre existem nas delegacias, e ela deu um grito bem alto.

Daí eu perguntei pra ela: "O computador leva o tiro e a senhora grita, é?"

Começou a surgir uma aglomeração.

A aglomeração era de gente.

Daí eu fui embora.

Eu vou tentar achar aquele cara do outro blog. O nome dele é Angelo Banzollini. Se não for Banzollini é Bazarzzinni. Se não for Bazarzzinni é Mizurelli. Se não for Mizurelli é Teixeira. Ah, e talvez não seja Angelo.

domingo, 13 de julho de 2003

Eu estava com vontade de escrever no meu blog.

Mas eu não sabia o que pensar. Não tem nenhuma gozação já faz tempo.

Daí eu botei aqui uma mensagem de outro blog.



"Escritório no centro.

'Olha, estou sem o seu papel. O boy ainda não voltou. Não posso fazer nada. Você pode esperar?'

'Que horas ele volta?'

'Não sei...ele foi fazer outras coisas também. Mas daqui a pouco ele tá de volta...qual teu telefone?'

Fiquei de esperar a ligação para voltar lá. Situação desagradável: o papel era importante, tinha que esperar. Ia ter que ficar ali por perto. Circuitinho Marechal Deodoro - Rua XV.

Matar tempo, como matar tempo? Comecei com olhar fotográfico. Mesmo sem câmera a gente acaba fazendo isso. 'Olha uma foto ali. E se eu tivesse com uma lente tal.' Andei três quadras. Passaram 15 minutos. Cansei de 'fotografar'.

Café? Café...ah...um café. Entrei num café da XV - o expressinho. Resolvi tomar café e ver o povo passar. E o povo passava, passava...fiquei tonto. Sempre tive mania de imaginar o que cada um está pensando, mas sinceramente não tem a menor graça fazer isso sem poder contar para alguém ali, no ato. Quando vi um figura sentado num banco - chapéu de palha feminino (com trancinhas), camisa curta, calça curta, chinelão, sacolinha de mercado - pensei em mil histórias. Se tivesse falado para alguém ia lembrar pelo menos de uma. Esqueci todas...

E o café acabou. Livraria? Livraria...ah...uma livraria. Entrei, andei, folheei. Folheei.

'Por favor, não folheie. Preserve a publicação'

Folheei, folheei, folheei. Descobri afinal qual é a da revista New Yorker. Li um manual de 'Gross Jokes'. O que me chamou a atenção foi o capítulo 'Racist and ethnic gross jokes'.

'Puta que pariu' - pensei.

Aí me ligaram".



Eu acho que aí no final ele copiou o meu estilo de falar.

Mas não tem problema porque eu copiei toda a historinha dele.

sábado, 12 de julho de 2003

A polícia está contratando novos policiais.

Hoje apareceu um cara bem gordo, que tinha sido contratado.

Daí eu percebi que eu tinha que gozar dele, porque ele era gordo.

Só que ele não entendeu as gozações.

Primeiro, eu disse pra ele que ele era um tira da pesada.

Ele não entendeu.

Daí, eu levei ele pra fora e mostrei o cachorro da unidade de segurança da polícia.

Eu apontei pro cachorro e disse: "Ele é um policial bom pra cachorro."

Daí eu apontei pro gordo e disse: "Você é um tira da pesada."

Ele não entendeu de novo.

Daí eu me lembrei daquele filme do Bud Spencer, que o cara tentava gozar dele e levava um tiro. Daí, o Bud Spencer dizia: "astra la vista, beibe!".

Daí eu fiquei com medo e fui embora.

terça-feira, 8 de julho de 2003

Agora de noite também tinha acontecido algo legal.

Teve uma rebelião no presídio.

Disseram pra mim que eu tinha que colocar aquela roupa preta que a polícia usa pra bater nas pessoas que passam na rua (como sempre mostram no Jornal da TV Tupi).

Eu botei essa roupa. Daí eu lembrei que no Loucademia de Polícia o Chuck Norris, que interpretava o Marronei, usava uma roupa daquela. Só faltava o Gonzales fazer aquele barulhinhos com a boca, daí ele ia ficar que nem o outro carinha, que é o Charles Bronson, e eu seria o Chuck Norris.

O Gonzales ficou bem gozado com aquela roupa. Mas eu nem falei nada porque ele tava brabo por causa da gozação que eu fiz com ele hoje de manhã. Ele disse que eu não tinha noção das coisas.

Eu não entendi.



Mas aí eu fui junto com todo mundo da polícia lá pro presídio pra dar porrada nos bandidos.

A gente foi num ônibus que era da polícia. Tinha bolo e refrigerante lá dentro.

Daí a gente chegou lá onde era o presídio. Tava bem legal.

Eu me separei do grupo, porque eu sempre via que era assim na TV, sempre tinha um cara que ficava sozinho e matava todos os bandidos sozinho.

Daí eu entrei nuns pátios, onde não tinha ninguém.

Eu pensei: "Eu vou entrar pela porta dos fundos do presídio, e vou pegar todo mundo de surpresa".

Daí eu vi mesmo uma porta bem grande, que era a dos fundos.

Eu não sabia como abrir.

Tinha uma luz que tava piscando em vermelho do lado da porta, e tinha um botão embaixo dela.

Eu apertei.

A luz ficou verde.

Ia abrir.

Era a minha chance.

Eu não perdia por esperar.

Eu ia pegar todo mundo pelas costas.



Daí quando eu fui entrar tinha uns 200 milhões de bandidos, todos virados pra mim ali na porta, alguns com facas, e outros sem.

Todos eles queriam meio que me bater.

Eu desconfio que eles tavam meio que me esperando.

Daí eu apontei a minha arma pra eles e disse: "Vocês estão presos!"

Mas aí eu pensei: "Peraí, eles já estão presos mesmo. Isso não é novidade pra eles".

Daí eu fiquei com fome e perguntei pra eles se ali não tinha lanchonete.

Eles disseram que não.

Daí eu fui embora.

E acho que eles também, já que não tinha lanchonete.
Hoje de manhã eu entrei no meu gabinete, lá na delegacia, e vi que tinham feito uma gozação com a minha cara numa hora que eu não estava ali.

Tinham grudado na porta de vidro um desenho meu, que fizeram no computador.

Tava também escrito - "Inspetor Ramirez, a cabeça dele parece com a de uma formiga".

Daí eu fiquei puto e ao mesmo tempo com vontade de gozar com alguém.

Só que eu não achava a minha arma.



Daí eu deitei no chão e fingi que tava morto, só pra todo mundo achar que dentro de uns minutos o meu fantasma ia assombrar todo mundo.

Não deu certo.

Eu fiquei com vontade de ir embora, mas dessa vez não fui.

Daí eu fui lá naquele lugar onde os bandidos ficam pernoitando, antes de ir pra cadeia, peguei o bandido mais feio e perigoso e disse pra ele: "Eu vou soltar o senhor por alguns minutos, mas é só pra fazer uma brincadeira bem gozada, viu? Eu vou abrir a cela e o senhor vai correndo até lá onde estão os gabinetes e vai dar um susto em todo mundo, especialmente num cara que é bem baixinho e careca. O nome dele é Gonzales. A propósito, se depois alguém perguntar pro senhor quem foi que veio aqui soltar o senhor, eu sou o Gonzales também".

Eu me senti o mestre da gozação.

E fui ficar escondido no banheiro, pra esperar a hora de entrar nos gabinetes e dar risada.

Daí eu fui embora.
Ontem aconteceu uma coisa gozada.

Eu entrei com a minha viatura no Macdonalds. Eu tava com pressa.

Daí eu resolvi passar no draive tru.

Tinha uma maquininha e ela perguntou "o que você deseja?"

Eu disse pra máquina que eu queria uma batata frita e uma cerveja.

Daí a máquina disse que no Macdonalds não vendem cerveja.

Eu acho que ela tava de gozação comigo.

Daí eu perguntei se tinha alguma coisa de graça.

Ela disse que não.

Daí eu perguntei se policial ganhava desconto.

Ela disse que não.

Daí, a máquina disse pra mim que se eu comprasse uma Mac-oferta eu ganhava desconto.

Daí eu falei que sim.

Eu pedi um Macnãguets.

Daí eu fui dirigindo até a janelinha de pegar a comida.

Tinha um cara com um boné.

Ele falou pra mim que eu ia ter que esperar porque ainda não tava pronto.

Daí ele colocou um negócio com um número em cima da viatura.

Eu fiquei esperando.

De repente, o chefe me chama pelo rádio da viatura.

Ele disse que era uma emergência e que era pra mim estar lá o mais rápido possível.

Daí eu saí dirigindo bem rápido. Eu falei pro chefe que ele ia pagar o meu almoço. Ele disse que não.

O trânsito tava complicado. Daí eu tive que ligar a sirene (giroflex).

Só que eu tinha me esquecido que ela tinha quebrado com uma bolada. Não tem mais aquela lâmpada em cima, só tem aquele mecanismo que gira.

Daí eu tinha me esquecido também que o cara do Macdonalds tinha colocado um número ali em cima.

Na hora que eu liquei o giroflex, o número começou a rodar.

As crianças que estavam andando nas calçadas começaram a apontar pra mim e rir.

Daí eu apontava a arma pra elas e elas paravam.

Depois, eu percebi que tinha um número rodando no lugar da sirene.

Daí eu tirei o número e fui pra casa.

sexta-feira, 4 de julho de 2003

Outro dia eu fui fazer a segurança de um jogo de futebol. Eu vi o jogo de graça.

Mas aconteceu algo desagradavel.

A bola foi chutada pra fora do estádio.

Caiu bem encima da minha viatura.

Tinha um giroflex novo instalado encima da viatura.

Agora não tem mais.

terça-feira, 1 de julho de 2003

Nesses últimos dias a polícia investigou ela mesma, pra tentar descobrir porque a delegacia pegou fogo.

Daí eu passei pelo detectetor de mentiras.

Perguntaram onde eu estava no dia e na hora do incêndio.

Eu disse que estava na França, que fica na península da Galiléia.

O troço começou a apitar e eu dei muita risada.

Disseram pra mim: "Não, senhor Ramirez, você não pode dizer mentiras pro detector de mentiras".

Daí eu fiquei puto. Por que diabos não se pode mentir justamente para o detectetor de mentiras? Não é a função dele ficar escutando as minhas mentiras? Isso é uma redundâncera. Mas mesmo assim eu fiz como ele mandou, e eu tive que falar a verdade pra maquininha da mentira.



O cara perguntou de novo onde eu estava, e eu disse que não lembrava. E a maquininha não apitou.

Depois de responder essa pergunta, eu comecei a modificar a minha voz, pra deixar ela mais fininha e ver o que acontecia.

Daí o cara que operava o troço disse que não podia fazer a voz fininha porque isso confundia a máquina, e ela ficava doida.

Daí eu me enchi e fui embora.

Só que antes eu falei pra todo mundo que a culpa foi toda do Gonzales, e que ele usa drogas.