sábado, 27 de março de 2010

Manobra de gozação total


Hoje quando eu tava na fila do caixa no Coletão o cara que tava na minha frente teve um treco e se atirou no chão.

Daí, como viram o meu distintivo da polícia na jaqueta, todos me perguntaram, desesperados: "Você não vai ajudar ele? Passa um rádio, pede uma amnambulância!". Só que, como bom gozador, nessa hora eu fingi que era uma daquelas estátuas de policiais pra assustar os bandidos que pensam em assaltar um lugar.

Eu ignorei as pessoas, mas quando elas começaram a me cutucar e empurrar eu disse: "Tá bom, tá bom, eu não sou uma estátua. Eu vou ajudar o cara, mas antes eu tenho que devolver as minhas compras nas respectivas prateleiras, se não vai estragar tudo". E saí pra devolver as coisas no lugar pra ajudar o cara.

Eu não uso carrinho nem cestinha no supermercado: as duas coisas podem ser ciadouro para o vírus da dengue. Ou seja, eu carrego tudo debaixo dos braços. E lá fui eu pra seção de frios devolver as 16 latas de cerveja que eu tava carregando.

No meio do caminho, ao passar do lado das rações de râmister, eu me lembrei daquele episódio do Mister Dean que ele tenta reanimar um doente na rua. Eu dei bastante risada sozinho e voltei correndo pra ajudar o cara e, quem sabe, gozar um pouco. Daí adivinhem só. No caminho, repentinamente, eu cruzei com o Sicupira. E joguei as cervejas no carrinho dele.

Daí eu fui embora.

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