domingo, 12 de março de 2017

Homens de Preto

Ontem aconteceu um negócio que não acontecia faz muito tempo:
Uma perseguição policialllllll...
(aplausos)
Só que, dessa vez, teve uma gozação extra: os bandidos não eram terráqueos.
Foi bem assim:
Era de madrugada. Daí um cara telefonou pra delegacia e falou que tinha acabado de ser abduzido (e devolvido) por extraterestres.
É claro que esse é o tipo de coisa que a polícia sempre acha que é trote. Então o telefonema teve que passar por um processo de triagem. De mim mesmo.
Depois de eliminar várias outras possibilidades do mundo real, tais como Chupacabra, Combustão Humana Espontânea e o Monstro do Lago Messi, eu concluí que realmente era um caso de abdução.
Então eu reuni toda equipe policial que estava na delegacia naquela hora (eu) e fui atrás dos meliantes.
Agora, se eu sou o responsável pela apreensão dos aliemnígenas, então eu sou um dos Homens de Preto.
De acordo com a ficção científica (que representa a mais pura realidade), se eu sou um dos homens de preto, eu não corro o risco de ser abduzido. No máximo eu vou precisar fazer uma autópsia. Só que, daí, sou eu que enfio a sonda nos aliemnígenas, e não eles em mim.
A apreensão do OVNI também pode ser realizada, dentro da legalidade.
Enfim, fui dirigindo na direção da casa da víctima até encontrar o objectum voando no céu.
Ele tinha umas luzes coloridas e, em alguns momentos, ficava parado, fazendo um barulho de abelha. O que comprova que era um disco voador dos inseptóideos, uma espécie de aliemnígenas que está na moda:

Bom, daí eu persegui o disco voador com a minha viatura.
Só que, aparentemente, o objectum só conseguia andar em círculos, não muito longe da casa da víctima.
Isso me deixou com a pulga atrás da orelha. Figurativamente e literalmente, porque Tumor, o cão policial, estava comigo na viatura.
Bom, daí eu cheguei à conclusão de que eu poderia estacionar a viatura e deixar o Tumor perseguir o disco voador até o combustível do mesmo esgotar.
Deu tempo de tomar uma cerveja.
Quando o disco voador começou a pousar, o Tumor foi lá pegar ele. Eu fui de carro, pra evitar a fadiga.
Pra minha surpresa, o disco voador não era um disco voador.
Ele era um Droney:

E o piloto do Droney era justamente a víctima, que ligou pra delegacia.
Isso resultou em prisão em fragrante.
Eu coloquei no meu relatório que o indivíduo foi preso por desvio de força policial, que poderia estar atendendo um caso real de abdução.
O chefe vai ficar com orgulho de mim.
Obrigado.
Fin.

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