domingo, 11 de julho de 2010

Minha viatura querida do coração

Ontem teve um sequestro relâmpago do lado da minha casa. O bandido não se ligou que eu era da polícia.
Foi bem assim:
Eu tinha esquecido de ir trabalhar, então eu tava em casa.
Daí tinha um grupo de moleques brincando na rua e eles começaram a tocar a campainha da minha casa.
Na hora que eu ia olhar na janela, eles saíam correndo e eu não os via.
Daí eu peguei a minha vuvuzela e fiquei esperando com a ponta dela na janela pra dar um susto neles.
Só que a campainha não tocou novamente.
Daí eu pensei em 3 possibilidades:
1) Eles desistiram.
2) Eles foram sequestrados.
3) Eles foram sequestrados por extraterrestres.
4) Eles cresceram.
5) As mães deles brigaram com eles.

Apesar de eu acreditar mais na opção D, eu fiquei com medo da opção C.
Daí eu fui olhar na rua o que, de facto, havia ocorrido.
Foi nessa hora que vieram as mães correndo pedir ajuda porque as crianças estavam de posse de bandidos.
Daí, ao invés de ajudar imediatamente, eu fiquei esperando um pouquinho, porque, se eles estavam me gozando pelas costas, eu ia gozar eles um pouquinho.
Daí eu cansei de esperar e peguei a minha viatura.
Eu perguntei pras mães pra que lado os sequestradores tinham ido.
Daí eu arranquei pro lado contrário, só de zoação.
Só que isso foi meio que ruim, porque, quando eu dei a volta na quadra, os sequestradores estavam atrás de mim.
Como eu estava com o giroflex da minha viatura ligado, eles me indentificaram e começaram a me perseguir com a viatura deles.
Daí eu me dei mal.
Eles começaram a atirar em mim.
Como eu sou esperto, eu comecei a fugir na direção da delegacia.
Eu peguei o meu radinho da polícia e avisei o chefe que era pra me receber com balas. De revólver.
Só que ele achou que eu tava gozando.
Daí eu tive a idéia de fazer uma manobra radical:
Primeiro eu passava com a minha viatura por dentro do Shopping Italia. Simultaneamente, ao mesmo tempo, eu dava uns tiros nos pilares, pra desestruturar a estrutura do prédio. Daí, quando os bandidos passassem atrás de mim, o prédio ia cair em cima deles.
Só que não deu certo pelos seguintes motivos:
1) O prédio não caiu.
2) Os bandidos não quiseram entrar no prédio atrás de mim.
3) Eu me machuquei e doeu.
Só que isso foi meio que bom, porque, além da polícia ter prendido os bandidos na rua sem eu precisar fazer nada, fui eu que ganhei uma medalha, por coragem e bravura.
Agora eu quero ver quem vai pagar o estrago da minha viatura. É um modelo de 1975, que não fabricam mais.
Tem todo um valor sentimental.
Eu queria mobilizar a comunidade pra aproveitar esse momento e consertar a minha viatura, igual naquela vez que deram uma bicicleta nova pro Oil Man.
Obrigado.

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