sábado, 17 de abril de 2010

Monga, a mulher gorila

Hoje aconteceu um negócio que eu fiquei com muito medo. Teve um pessoal que foi preso, e eles eram do circo. Aquele circo que fica na frente do Pinheirão, o estádio do J. Malutrelli.
Só que eu só percebi isso na hora que eu passei pela carceragem. É óbvio que o detetive Morley e o detetive Kelson (ambos conhecendo o meu medo de coisas estranhas) aprontaram uma gozação das grandes.
Primeiro, permitam-me explicar como a delegacia é organizada geologicamente:
Tem uma parte que fica em cima, com portas e janelas, que é onde eu trabalho.
Tem uma outra parte, que fica no subsolo, que não tem nem portas, nem janelas. Tem grades. É onde os bandidos ficam.
Daí tem tipo uma porta, que vai pra uma escada, que sai de onde eu fico e chega nessa parte dos bandidos.
Geralmente eu vou até essa parte dos bandidos e fico gozando da cara deles. Só que, quando eu encontro algo que eu tenho medo, por exemplo, palhaços, eu finjo que eu fui fazer uma inspeção e volto pra cima.
Daí, dessa vez, o detetive Kelson trancou a porta que volta pra cima bem na hora que eu percebi que eu não ia gozar.
Daí eu não gozei.
Só que eu fingi que eu não tava com medo. Eu fui passando pelas celas dos bandidos como se eu tivesse fazendo uma inspeção normal.
Foi nessa hora que o palhaço começou a dar gargalhadas.
Daí eu meio que tive um troço ruim. Só que, ao contrário de quando eu dou risada, eu não fiquei inconsciente.
Eu percebi que até os outros bandidos que tavam junto começaram a ficar com medo, afinal, era um palhaço que tava lá junto.
Daí eu tive uma idéia genial, que ia me tirar dessa situação e deixar o problema na mão dos bandidos.
Eu me lembrei que tem uma outra porta que leva pra parte feminina da carceragem. Eu sou proíbido de entrar na parte feminina da carceragem, porque a delegada falou que eu gozo demais lá dentro. Só que, como era uma situação de emergência, eu acho que ela não ia se importar.
Daí eu entrei na parte feminina.
Só que tinha uma sacanagem muito maior esperando por mim lá dentro. Era ela: Monga, a mulher gorila.














Novamente eu não gozei.
Na verdade, eu fiquei com aquela cara que o Mussum fica quando ele tem medo de alguma coisa. Só que eu não sou parecido com ele.
Por sorte, a delegada tava lá dentro e me tirou à força.
Ela me tirou à força porque ela viu que eu tava com a cara do Mussum e achou que eu tava gozando.

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