domingo, 16 de agosto de 2009

Necessidade de água líquida

Hoje eu tive que trocar o galão de água daqui da delegacia. Quando ele tá cheio de água ele é pesado e eu tenho medo.

Eu pedi cinco reais pra fazer isso, pro meu chefe. Ele disse que não.

Daí eu tive uma idëia (agora mudou esse negócio de acento, né? O hímem não pode ser mais usado) brilhante.

Eu levei o galão vazio, que é levinho, pro telhado da delegacia. Como aqui é Curitiba, ia chover logo e ele ia ficar cheio de água. Eu sou bem inteligente e economizo muito dinheiro com as minhas idëias.

O problema é que deu trabalho pra chegar no telhado da delegacia. Tinha que subir uma escada, coisa que eu não faço desde 1993. E quando eu pisei lá caíram umas três telhas. Bom, na verdade, eu chutei elas com força, porque imaginei que elas fossem cair em cima do carro do Chefe.

Daí eu deixei o galão lá. Passou uma hora e eu fiquei ansioso demais pra ver se tinha dado certo. Aí eu fui ver se ele já estava cheio de água cristalina e geladinha. Quando eu voltei eu meio que me decepcionei. Eu tinha deixado a boca do galão virara pro lado. O galão tava deitado. E tinha sol, ou seja, quando eu fui colocar ele de pé, ele tava bem quente. Daí eu disse "Ai!". E ele rolou do telhado.

Foi aí que eu me dei conta: e se eu enchesse ele de cerveja? Só que aí eu comecei a ficar com medo e esqueci de fazer isso, porque eu me dei conta que estava dando bobeira no telhado da delegacia, perigando levar um raio na cabeça ou me queimar com chuva ácida, apesar do sol.

Aí eu simplesmente devolvi o galão vazio no bebedouro. E desenhei água nele com caneta piloto. E desenhei também uns peixes nadando ali. E umas minhocas-do-mar, pras pessoas ficarem com medo, achando que tinha dengue ali. Daí só eu ia beber água desse galão.

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