terça-feira, 1 de julho de 2003

Nesses últimos dias a polícia investigou ela mesma, pra tentar descobrir porque a delegacia pegou fogo.

Daí eu passei pelo detectetor de mentiras.

Perguntaram onde eu estava no dia e na hora do incêndio.

Eu disse que estava na França, que fica na península da Galiléia.

O troço começou a apitar e eu dei muita risada.

Disseram pra mim: "Não, senhor Ramirez, você não pode dizer mentiras pro detector de mentiras".

Daí eu fiquei puto. Por que diabos não se pode mentir justamente para o detectetor de mentiras? Não é a função dele ficar escutando as minhas mentiras? Isso é uma redundâncera. Mas mesmo assim eu fiz como ele mandou, e eu tive que falar a verdade pra maquininha da mentira.



O cara perguntou de novo onde eu estava, e eu disse que não lembrava. E a maquininha não apitou.

Depois de responder essa pergunta, eu comecei a modificar a minha voz, pra deixar ela mais fininha e ver o que acontecia.

Daí o cara que operava o troço disse que não podia fazer a voz fininha porque isso confundia a máquina, e ela ficava doida.

Daí eu me enchi e fui embora.

Só que antes eu falei pra todo mundo que a culpa foi toda do Gonzales, e que ele usa drogas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário