domingo, 13 de julho de 2003

Eu estava com vontade de escrever no meu blog.

Mas eu não sabia o que pensar. Não tem nenhuma gozação já faz tempo.

Daí eu botei aqui uma mensagem de outro blog.



"Escritório no centro.

'Olha, estou sem o seu papel. O boy ainda não voltou. Não posso fazer nada. Você pode esperar?'

'Que horas ele volta?'

'Não sei...ele foi fazer outras coisas também. Mas daqui a pouco ele tá de volta...qual teu telefone?'

Fiquei de esperar a ligação para voltar lá. Situação desagradável: o papel era importante, tinha que esperar. Ia ter que ficar ali por perto. Circuitinho Marechal Deodoro - Rua XV.

Matar tempo, como matar tempo? Comecei com olhar fotográfico. Mesmo sem câmera a gente acaba fazendo isso. 'Olha uma foto ali. E se eu tivesse com uma lente tal.' Andei três quadras. Passaram 15 minutos. Cansei de 'fotografar'.

Café? Café...ah...um café. Entrei num café da XV - o expressinho. Resolvi tomar café e ver o povo passar. E o povo passava, passava...fiquei tonto. Sempre tive mania de imaginar o que cada um está pensando, mas sinceramente não tem a menor graça fazer isso sem poder contar para alguém ali, no ato. Quando vi um figura sentado num banco - chapéu de palha feminino (com trancinhas), camisa curta, calça curta, chinelão, sacolinha de mercado - pensei em mil histórias. Se tivesse falado para alguém ia lembrar pelo menos de uma. Esqueci todas...

E o café acabou. Livraria? Livraria...ah...uma livraria. Entrei, andei, folheei. Folheei.

'Por favor, não folheie. Preserve a publicação'

Folheei, folheei, folheei. Descobri afinal qual é a da revista New Yorker. Li um manual de 'Gross Jokes'. O que me chamou a atenção foi o capítulo 'Racist and ethnic gross jokes'.

'Puta que pariu' - pensei.

Aí me ligaram".



Eu acho que aí no final ele copiou o meu estilo de falar.

Mas não tem problema porque eu copiei toda a historinha dele.

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