sábado, 30 de novembro de 2024

Ficção Científica

Outro dia eu estava de saco cheiro e resolvi transformar a minha salinha da delegacia (Gabinete, Bureau, ou qualquer nome que vocês quiserem chamar) em um laboratório.
Nesse laboratório, eu comecei a fazer experimentos científicos com os bandidos da carceragem.
Primeiro eu extraí uma amostra de sangue de um bandido (DNA) e injetei em um ovo.
Daí eu mantive o ovo aquecido em um ninho, para ver se chocava um clone do bandido de dentro.
Não deu certo.
Mas teria sido gozado se o ovo de facto chocasse, gerando um clone do bandido, só que bem pequeno.
Isso inspirou o meu próximo experimento: Eu levei o próprio bandido até o laboratório para tentar diminuir o tamanho dele.
Se esse experimento tivesse dado certo, seria bem útil do ponto de vista da segurança pública, pois um bandido com metade do tamanho representa só 50% da periculosidade total.
Se eu fizesse isso com todos os bandidos, também seria uma boa propaganda para o prefeito de Curitiba, que poderia afirmar que, no mandato dele, a criminalidade diminuiu 50%.
Mas eu só ia fazer isso se o prefeito aumentasse o meu salário em 50%.
Bom, obviamente eu tentei reduzir o bandido apontando pra ele o tubo de raios catódicos (canhão de electrons) do meu televisor velho.
Não teve mudança no tamanho, mas teve queimaduras.
Agora o pessoal dos direitos humanos quer falar comigo.
Eu vou repetir aquele primeiro experimento de clonagem, só que com o meu próprio DNA.
Se der certo, eu vou mandar o meu próprio mini-clone ir falar com o pessoal dos direitos humanos.
Isso vai ser bem gozado, então eu vou ficar olhando bem de longe, com um binóculo, pois certamente eu vou rir até passar mal.
Provavelmente o mini-clone vai ter uma voz bem fininha, então é melhor eu espiar de perto, pra poder ouvir a conversa.
Daí, provavelmente, eu vou passar mal mais ainda.
O mini-clone deve passar mal também.
Caso isso realmente aconteça, eu vou deixar preparada uma ambulância de brinquedo, operada por mim mesmo, via controle remoto.
Quando eu ver a cara do pessoal dos direitos humanos observando essa situação, eu vou passar mais mal ainda. Daí a ambulância de verdade vai precisar me levar pro hospital.
Fin.

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