A partir de agora eu sou o CEO da polícia de Curitiba.
O meu objetivo é cortar custos extinguindo os cargos mais antigos que não possuem nenhuma funcionalidade, por exemplo, o chefe.
Daí eu criei esse novo cargo pra mim. Só que eu não sei exatamente o que fazer com ele.
Eu pesquisei no google e não encontrei nenhuma restrição sobre ser o CEO e dar tiros. Então eu acho que eu posso. Ou não.
A própria polícia de Curitiba vai ter uma reformulação para se adaptar ao ambiente low cost de trabalho do século XXI AC/DC.
O Detetive Morley e o Detetive Kelson já criaram um aplicativo através do qual os policiais vão se cadastrar para atender ocorrências on demand.
Eu ouvi dizer que os bandidos também estão criando um aplicativo para cometer crimes on demand.
Isso vai reduzir os custos de ambos os lados.
O chefe falou que não pode, porque os policiais precisam de segurança no trabalho, férias, aposentadoria, apoio à família em caso de morte, etc, etc.
Ele falou também que o meu objetivo é ficar com todo o excedente desses procedimentos low cost pra mim.
Na-na-ni-na-não.
Primeiramente, quando o chefe usa a expressão "excedente", nota-se claramente que é um vocabulário comunista, extraído do livro do Burle Marx, o que comprova que o chefe come criancinhas.
Eu tenho medo.
Segundamente, eu sou apenas o CEO da polícia. A minha única função é aparecer no youtube e explicar para os telespectadores como eu transformei uma entidade governamental sem fins lucrativos em um negócio multimilionário.
Quem controla o destino dos "excedentes" é quem programa o aplicativo, ou seja o Detetive Morley e o Detetive Kelson.
O meu único objetivo com o aplicativo é eu mesmo estar fora de toda e qualquer regulamentação do meu próprio trabalho e poder usar armas de fogo em qualquer momento do dia.
Isso tudo não vai causar mudanças significativas no Modis Operandu da polícia.
Obrigado.
sábado, 25 de janeiro de 2020
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