sábado, 26 de maio de 2018

Gozação Oficial

Outro dia o chefe ganhou uma homenagem da prefeitura de Curitiba.
Como eu trabalho pro chefe na função de policial e trabalho também pra prefeitura na função de vereador, eu tive a chance de gozar em dobro.
Pra começar, eu fiz questão de ser o mestre de cerimônias, pra poder falar lá na frente.
Mas eu só avisei isso pro pessoal da prefeitura, e não pro chefe. Eu tinha absoluta certeza de que, ou o chefe ia passar vergonha, ou ele ia passar raiva, ou os dois. Eu só ia gozar.
Daí foi todo mundo da delegacia no evento. Menos o Gonzalez, que ficou cuidando da carceragem.
Eu fiquei parado lá na frente, olhando o pessoal chegando. Todo mundo gozou quando viu que era eu parado lá com o microfone na mão. Menos o chefe, que fez uma cara de que ia me repreender.
Bom, daí a cerimônia começou e apontaram um holoforte bem na minha cara.
Na hora eu não sabia ao certo o que ia acontecer, porque eu não li nem as instruções, nem o texto padrão do evento. Então eu improvisei toda a fala lá na frente.
Eu comecei com: "Senhoras e senhores do juri, muito boa noite, daremos início ao rito de passagem desse que é um dos maiores eventos da América Latina."
Daí eu continuei a fala, agradecendo a presença de todo mundo que eu conhecia, que estava ali (nome por nome).
Quando eu tava no centésimo nome, eu senti alguém me cutucando com uma vareta por trás do palco. Eu olhei e era alguém que eu não conhecia.
Daí eu continuei a fala.
Daí a pessoa me cutucou novamente e cochichou: "faltou o hino".
Daí eu interrompi a fala e chamei o hino nacional, executado pela banda da polícia.
A banda da polícia tava lá, só que sem os instrumentos.
Daí eu tive que apertar pley numa gravação da banda da polícia tocando no meu telefone celular e mostrei pra platéia.
Nessa hora a pessoa me cutucou novamente e cochichou: "a cerimônia só dura 15 minutos, entregue  isso pra ele". Ele me entregou um negócio parecido com um troféu.
Bom, daí eu descobri que a cerimônia era para entregar pro chefe o título de Doutor Honoris Causa.
Eu imediatamente peguei o microfone e cantei as últimas palavras do hymno nacional pra acabar logo. Daí eu falei: "Agora vamos à entrega do Oscar de Honoris Causis."
Eu fiquei um tempo em silêncio, pra dar um clima de suspense.
Daí eu falei: "E o Oscar vai para... o chefeeeeeee."
Todo mundo aplaudiu e o chefe veio furioso da platéia pra receber o troféu.
Quando ele subiu no palco, eu comecei a falar no microfone "Discurso! Discurso! Discurso!"
E fui incentivando a platéia a fazer o mesmo.
Daí o chefe pegou o microfone e começou a falar.
Nessa hora a cerimônia ficou chata e eu fui embora.

sábado, 19 de maio de 2018

Mistériums da Língua Pôrtuguêza - Capítulo Final - parte 2

Outro dia, na minha função de vereador de Curitiba, eu recebi uma carta formal que continha a palavra "Outrossim".
Daí eu não entendi o significado da palavra dentro daquele contexto.
O google falou pra mim que esse adverbium deveria ser usado de maneira conectiva entre duas ideias parecidas.
Eu acho que não.
Pra mim essa palavra deveria ser utilizada em frases diferenciativas, por exemplo:
"Eu não gosto desse refrigerante, mas do outrossim."
Obrigado.

sábado, 12 de maio de 2018

Gozação Nominal

Outro dia eu falei aqui sobre os bandidos com nomes gozados.
Agora eu queria falar um pouquinho sobre vítimas de nomes gozados.
Especificamente: outro dia veio uma vítima do sexo masculino (um vítimo) fazer o boletim de ocorrência na delegacia.
O nome dele era Hélio Furtado.
Se fosse só isso eu já ia gozar um pouquinho. Mas era mais do que isso, então eu tive que gozar um poucão.
Aqui eu vou descrever como eu gozei, em etapas numeradas de 1 a 10, de acordo com o grau de gozação. Quanto mais próximo do 10, mais eu tenho que conter o meu riso e mais eu passo mal:
A) Ele chegou na delegacia e começou a falar comigo (1, porque eu atendo vítimas todos os dias).
B) Ele falou o primeiro nome dele (5, porque hélio é aquele elemento da tabela periódica que faz a voz das pessoas ficar gozada).
C) Ele descreveu pra mim que a loja dele tinha sido roubada durante a madrugada (1, porque isso também acontece toda hora).
D) Ele falou que trabalhava em uma loja de balões para festas infantis (10, porque, nessa hora, o meu cérebrum fez uma sinapse do primeiro nome dele com o trabalho dele).
E) Ele falou o sobrenome dele pra finalizar o boletim de ocorrência (10 também, porque o sobrenome dele é o que aconteceu com a loja).

Quando acontecem duas pontuações seguidas no 10, eu passo mal.
Daí eu não consegui me conter e tive que reescrever o boletim de ocorrência. Dessa vez consta que: "...o Senhor Hélio Furtado teve o seu hélio furtado..."
Obrigado.

sábado, 5 de maio de 2018

O Google Não Mente

Na semana passada eu fiz um teste onlaine pra descobrir qual princesa da Disney eu era.
Deu Branca de Neve.
Agora eu estou com medo de sofrer búlin no trabalho.
É por esse motivo que eu não fui trabalhar nos últimos dias.
Além disso, eu tenho medo de anão.
Fin.