sábado, 7 de setembro de 2013

O sequestro do piá dourado

Outro dia aconteceu um negócio de filme do Eddy Mârfi.
Sabem aquele cara que fica no semáforo, cheio de tinta, imitando uma estátua?
Então, seqüestraram ele.
Daí eu meio que percebi isso quando eu passei lá de carro e não vi ele.
Eu nunca dou dinheiro pra ele, porque ele sempre se mexe. Isso significa que não interpretou direito.
Bom, daí eu vi que ele não tava lá e meio que senti falta dele.
E resolvi investigar.
Sem avisar o chefe.
Daí, ao invés de ir pra delegacia, eu fui dar uma volta pela cidade, pra procurar os meliantes (provavelmente do Nepal, como acontece no filme) que seqüestraram o piá dourado.
E óbvio que eu fiquei com medo de que pudesse ter magia negra envolvida, tipo assim:
Daí eu preparei a minha bomba ninja, pra me esconder na fumaça, caso necessário.
Eu passei por vários pontos turísticos de Curitiba e nada do piá dourado.
Daí eu resolvi fazer a investigação policial padrão, que é voltar ao local do crime e fazer perguntas pras testemunhas.
E, adivinhem só: as testemunhas viram ele sendo sequestrado de verdade e me deram a placa do carro que sequestrou ele. (na realidade elas já tinham feito isso na delegacia, mas essa informação não vem ao caso)
Daí, como eu sou um policial rai-tec, eu pesquisei no gúgou e achei o endereço do cativeiro.
Imediatamente eu liguei o giroflex e saí em velocidade total.
No meio do caminho eu tive que detonar algumas bombas ninjas, pros radares não fotografarem a minha alta velocidade, porque o chefe falou que eu tava deixando muitas multas no nome da delegacia.
Finalmente, quando eu cheguei no cativeiro, lá estava o carro dos bandidos estacionado.
Daí eu parei a viatura e botei um cone no meio da rua, pra bloquear o transito.
Daí eu peguei o megafone e comecei a falar: "Aqui é a polícia, saiam com as mãos pra cima."
Sem resposta.
Eu tentei mais umas 15 vezes, sem resposta também.
Isso foi estranho, porque, geralmente, lá pela quinta tentativa, os bandidos saem atirando, pra tentar fugir.
Só que não.
Daí eu resolvi mudar a minha abordagem. Eu peguei o megafone e falei bem assim: "Aqui quem fala agora é o robô da delegacia. Eu vou invadir a casa de vocês, porque eu sou indestrutível. E eu vim do futuro. Ahhhhrllll."
Essa última palavra que eu falei foi pra imitar o Schwarzenegger, porque eu descobri que eu tenho talento artísctico.
Bom, daí não teve resposta novamente.
Nessa hora eu fiquei puto e fui invadir a casa de verdade.
Pra esse tipo de abordagem, eu aproveitei um ítem que eu instalei na frente da minha viatura nesse inverno, uma pá gigante de remover neve, igual a essa aqui:
Eu tava meio triste de não ter usado esse equipamento ainda, então eu fiquei feliz de poder derrubar a porta da casa dos bandidos com ele.
E, olha só que legal, eu consegui derrubar practicamente toda a frente da casa deles, e não só a porta.
Eu destruí algumas coisas lá dentro também.
Só que eles não estavam lá.
Nem o piá dourado.
Daí eu fiquei perplexo e liguei pra delegacia, pra pedir reforços.
Nessa hora o chefe atendeu o telefone e me deu uma mijada.
E não é que a polícia já tinha ido lá na casa e já tinha prendido os bandidos, bem antes de eu chegar?
É.
Daí eu fui embora.

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