Hoje eu decidi, pela primeira vez na vida, olhar pra dentro do buraco que atira as balas da minha arma. Antes eu tinha medo. Agora eu não tenho mais.
Só que daí eu vi que tava tudo preto ali dentro e fiquei com medo. Mas pensei: "Deve ser porque a bala é preta". Eu peguei uma bala na gaveta pra confirmar e adivinha só! Ela era prateada.
Intrigado, eu quis apresentar essa anomalia pro Gonzalez. Daí eu apontei a arma pro olho dele, mas ele disse que não queria ver e saiu correndo. Eu dei risada e saí correndo atrás. Como acontece sempre que eu tento correr, eu senti uma pontada forte na barriga, outra no pulmão, outra no bum-bum, outra no joelho e outra na nuca, além de uma tontura forte seguida de enjôo. Então eu fiquei parado no corredor, esperando pra apontar a arma pra próxima pessoa que passasse. Por um lado eu queria perguntar pras pessoas porque era tudo preto dentro do cano da minha arma (curiosidade científica), por outro eu queria assustar elas (eu gosto de fazer arte).
Daí a primeira pessoa que apareceu no corredor foi o chefe. E eu fiquei num dilema éctico: "Eu aponto ou não aponto a minha arma pro olho do chefe?". Quando ele olhou pra minha cara ele soube que eu ia gozar. Mas ele passou por mim me observando com o canto do olho.
Daí nessa hora eu me lembrei do aquecimento global e fiquei com medo. E daí eu fui comer um pouco. Só beeeeeeeeem mais tarde eu lembrei de tudo isso e lembrei ainda que tem gente que chama a minha arma de "pistola", uma palavra que eu sempre gozo quando escuto.
quinta-feira, 24 de março de 2011
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