domingo, 19 de dezembro de 2010

Eletricidade máxima

Hoje eu não tinha nada pra fazer e resolvi dar um choque no chefe.
Mas era só de brincadeirinha.
Eu não estou com a consciência pesada porque eu também tomei vários choques na hora que eu tava preparando a gozação.
Daí foi bem assim:
Primeiro eu tirei o fio do meu tênis e enfiei uma ponta na tomada.
Daí eu amarrei a outra ponta numa cadeira.
Daí eu sentei na cadeira pra testar.
Só que isso não deu certo.
Isso aconteceu por causa do coinfinciente de atrito da substancia que compõe o tênis.
Eu já meio que sabia que isso ia acontecer, porque quando eu tô de tênis e encosto na viatura eu não tomo choque.
Daí eu subi no telhado da delegacia e peguei o fio do para-raio.
Esse sim transmite electricidade.
Consequentemente, na hora que eu botei o fio na tomada, eu tomei um choque.
Daí eu resolvi fazer isso usando luvas. De borracha.
Isso deu certo.
Daí eu fiz todo o procedimento de botar o fio na cadeira e fiquei esperando o chefe sentar.
Eu tava no meu gabinete e a cadeira dele estava no gabinete dele.
Na hora que o chefe entrou na delegacia, eu comecei a rir. Muito.
Daí, e obvio que ele foi direto no meu gabinete perguntar o que tava acontecendo.
Eu respondi pra ele que eu tinha acabado de ler uma piada eletrizante na internet.
Quando eu percebi que eu tinha feito, involuntariamente, uma piada, eu comecei a rir. Por dentro.
Eu comecei a gozar por dentro também.
Daí o chefe foi pra dentro do gabinete dele.
A partir desse momento, começou a acontecer uma gozação atrás da outra, antes de chegar no grande ápice da sentada na cadeira.
Primeiro, o chefe fez um telefonema no celular.
Daí ele disse: “Alô, aí é do batalhão de choque?”
Na hora que ele falou a palavra “choque”, eu tava tomando ovomaltine e o achocolatado saiu pelo meu nariz.
Depois, o chefe falou que o clima de guerra com os traficantes em Curitiba tava tão forte que parecia a Tomada da Bastilha.
Na hora que ele falou “tomada”, eu tava com dor de barriga e sujei as calças.
Daí eu tive que ir no banheiro me limpar.
Quando eu voltei, o chefe não estava no gabinete.
Daí eu resolvi testar a cadeira electrica.
Tomei um choque.
Daí eu tive que ir no banheiro novamente.
Só que, dessa vez, eu precisei fazer o numero 1 tambem.
Bem nesse exato momento, o chefe entrou no banheiro.
Enquanto eu mijava, ele perguntou pra mim se eu não tava chocado com os níveis de violência em Curitiba.
Quando eu ouvi a palavra “chocado”, eu mijei pra todo lado.
Finalmente, o chefe resolveu ir pro gabinete.
Como o chefe é velho, na hora que ele sentou, ele foi se abaixando bem devagar. Daí, em um determinado momento, saiu um raiozinho da cadeira e entrou na bunda dele.
Nessa hora eu comecei a rir e a passar mal.
Quando eu vi que o chefe nem sentiu o choque, porque ele é gordo, eu comecei a rir mais ainda. E a passar mal mais ainda.
Quando eu achei que não tinha mais como passar mal, o Detetive Kelso veio correndo e falou: “ O Ramirez tá passando mal. Tragam o desfibrilador!!!”
Quando eu ouvi a palavra “desfibrilador”, eu tive um troço e fiquei desacordado.
Depois eu acordei no hospital com vários médicos chocados com o meu estado físico.
Fim.

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