Hoje eu tentei aprontar uma gozação das grandes. Só que não deu certo.
O meu objetivo era criar um incidente interplanetário pra delegacia ficar fechada e eu não precisar trabalhar.
Daí eu fiz um disco voador.
Primeiro eu peguei uma caixa de foguetes que foram apreendidos por estarem em estado irregular, sem o selo do imetrum. Ou seja, eles eram extremamente explosivos.
Daí eu fui até a cozinha da delegacia e peguei uma panela gigante.
Lembrando que, pelo bem da gozação, eu peguei uma panela com comida dentro.
Bom, daí eu botei essa panela bem no meio do pátio da delegacia e comecei a grudar os foguetes nela com super bonder.
A comida dentro da panela era composta de várias partes de animais, amido, litídios, polipeptídeos e sais minerais. Daí eu joguei pólvora junto e misturei até a massa ficar homogênera.
Daí eu colei os foguetes do lado de fora da seguinte forma:
Aqueles que sobem voando, sem explodir, eu botei embaixo da panela, pra fazer ela decolar.
Eu praticamente preenchi todo o espaço inferior da panela com os foguetes, apontados para baixo.
Eu falei que, junto com o super bonder, eu tava colocando pólvora?
Então, junto com o super bonder, eu tava colocando pólvora. Dessa forma, quando eu acendesse o fósforo em alguma parte da panela, o fogo ia se espalhar rapidamente e acender todos os foguetes simultaneamente.
Depois me lembrem de vender esse meu projeto pra NASA.
Daí, nos lados da panela, eu botei esses mesmos foguetes que não explodem, só que apontados pro lado, pra fazer o disco voador girar. Afinal, todos os discos voadores giram e eu queria ser realista.
Daí, por último, eu peguei alguns foguetes que explodem, botei dentro de uma sacola do mercadorama e amarrei essa sacola na panela.
Vocês acham que parou aí?
Acertaram.
Depois de montar o disco voador, o próximo passo foi preparar a decolagem.
Pra isso, como eu sempre prezo pela segurança, eu fiz um rastro de pólvora no chão pra acender à distância com o meu cigarro (igual naquele filme do John Travolta).
Daí eu peguei o meu megafone da viatura e fiz uma contagem regressiva.
Nessa hora, todo mundo começou a olhar pela janela da delegacia.
Quando a contagem chegou no zero, eu joguei o cigarro na pólvora e saí correndo.
Eu comecei a ouvir um barulho bem alto e percebi uma luz bem forte (mesmo isso tudo sendo durante o dia).
Daí eu achei melhor continuar correndo.
O barulho do disco voador só aumentou e a luz ficou mais forte ainda.
Nessa hora eu comecei a meio que ficar com medo que, talvez, eu tivesse acidentalmente montado uma bomba atômica.
Daí eu fiquei com coragem, parei e olhei pra trás.
O disco voador tinha subido a uma altura inimaginável de 2 metros e tava girando cada vez mais rápido.
O barulho que eu tava ouvindo era do ar saindo pelos buracos da panela.
Daí, de alguma forma, começou um segundo estágio do foguete e a panela parou de girar e começou a subir ainda mais alto.
Quando a panela atingiu uma altura de mais ou menos 15 metros, o terceiro estágio do foguete começou.
A panela deu uma volta completa de 1270 graus e ficou com a parte de cima apontada pra baixo.
A tampa só não abriu porque ainda tinha o último estágio das bombas explosivas na sacola do mercadorama segurando.
Daí a panela subiu mais um pouco soltando uma fumaça preta pelos buracos.
Nessa hora, a pólvora da sacola do mercadorama entrou em inguinição.
Em menos de 5 segundos, todas as bombas explodiram ao mesmo tempo e a panela se decompôs em milhares de pedaços pelo céu de Curitiba.
Caíram pedaços de carne e polipeptídeos em cima de todas as viaturas que estavam estacionadas num raio de 30 metros.
O céu ficou preto por cerca de 15 minutos e o chefe foi olhar o que tava acontecendo.
Daí eu fui correndo na direção da delegacia e falei pra evacuar, porque estávamos sendo atacados por alienígenas.
Só que ninguém quis sair.
Daí eu fui embora, antes que começassem a suspeitar que eu estava envolvido em alguma conspiração com os alienígenas.
Fim.
domingo, 1 de novembro de 2009
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