Hoje eu vou contar a história da primeira vez que eu prendi um bandido.
Estava eu e o Gonzalez dentro do ômnibus escolar que ia sair de Curitiba e levar a minha turma da escolinha para visitar a cidade de Anhanhanhenha, interior de São Paulo.
Na saída de Curitiba, o ômnibus caiu numa emboscada.
A BR 116 - a Rodovia da Morte - ainda era de terra, e não de asfalto.
Daí os bandidos cavaram um buraco pro ômnibus atolar e eles poderem entrar e assaltar todo mundo.
Só que eles não sabiam que era um ômnibus escolar e que, consequentemente, não tinha dinheiro. Daí eles fizeram uma cara de decepção que eu não vou me esquecer até hoje. Todos os meus coleguinhas começaram a apontar pros bandidos e dar risada.
Menos o o Gonzalez, que já tava chorando igual a uma menininha.
Apesar de que todas as menininhas estavam rindo também.
Daí eu apontei pra cara do bandido chefe e comecei a dar mais risada ainda.
Daí eu falei: "Eu vou contar tudo pra tia!"
Acho que foi a primeira vez da minha vida que eu gozei.
Bom, daí, não satisfeitos, os bandidos resolveram sequestrar o ômnibus.
Daí eles apontaram uma arma pra cara do motorista e fizeram ele sair dirigindo.
Nesse momento eu já tava achando tudo alucinante.
Daí o motorista passou mal e morreu, deixando o ômnibus descontrolado.
Adivinha quem já tinha dirigido um ômnibus antes?
Eu.
Daí eu assumi a direção.
Os bandidos falaram que era pra eu ir o mais longe possível de Curitiba.
Só que eu fiz justamente o contrário, eu voltei e comecei a ir na direção do departamento de polícia de Curitiba.
Quando eu finalmente cheguei no asfalto, eu acelerei o veículo (vocês acharam que eu ia escrever a palavra ômnibus novamente, né? Mas eu não escrevi!).
Daí eu fiz igual naquele filme do Keanuss Rível que o ômnibus tem uma bomba e sai correndo em velocidade máxima: "Aceleração Total".
Eu comecei a fazer manobras radicais e, finalmente, eu arremessei o ômnibus contra a delegacia.
Bom, daí é lógico que a polícia prendeu os bandidos na hora. (naquela época não tinha essa frescura de ambulância e direitos humanos de hoje em dia.)
Mas eu considero até hoje que fui eu que prendi os bandidos.
Quem tiver a oportunidade de passar na frente do prédio do departamento de polícia de Curitiba pode dar uma olhada no muro, que ainda tem uma marca do impacto com o veículo.
Fim.
domingo, 26 de julho de 2009
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