Hoje eu aprontei uma gozação das grandes na delegacia.
Eu escolhi aleatoreamente um bandido e falei pra ele que eu ia levar ele prá câmara de gás.
Deixa eu contextualizacionar antes:
Na realidade não existe uma câmara de gás na delegacia, mas existe uma salinha fechada com paredes de vidro, que é onde as pessoas vão indentificar os bandidos.
Daí, como eu não tinha nada pra fazer, eu mudei todas as instalações da salinha. Nos canos por onde passavam os fios eléctricos, eu botei uns botijões de gás hélio.
Eu acho que eu nem preciso contar essa parte até o fim, né?
Bom, daí eu levei o bandido pra lá e falei pra ele que era a câmara de gás (o que, de certa forma, não era mentira).
Daí ele começou a chorar e falar que não ia mais roubar.
Nessa hora o chefe me parou no corredor. Ele disse: "Que diabos o senhor pensa que está fazendo?"
Daí eu falei que eu tava levando o bandido pra câmara de gás.
Daí o chefe disse: "O senhor tá maluco? Não tem câmara de gás aqui!"
Nessa hora o bandido ficou meio que aliviado, só que eu não ia deixar o chefe estragar a minha piada tão fácil. Inclusive, na hora eu resolvi fazer o chefe acompanhar a piada.
Daí eu falei: "Como assim não tem câmara de gás? Venha aqui que eu vou mostrar pro senhor!"
Enquanto a gente tava indo pra câmara de gás, digo, salinha de interrogatório, eu tive que me segurar pra não dar risada.
Na verdade eu já não tava mais achando engraçado o fato de gozar com a cara do bandido, mas sim o fato da possibilidade de ver o chefe dando risada.
Daí a gente chegou na salinha e eu amarrei o bandido na cadeira.
Nessa hora o bandido já tava meio que tranquilo, porque o chefe tava passando confiança pra ele. (o que, na minha opinião policial, não deveria acontecer)
Bom, daí eu deixei o bandido amarrado na salinha, saí com o chefe e tranquei a porta.
Daí eu gritei através do vidro: "Você tem últimas palavras pra dizer?"
Daí o bandido respondeu: "Eu vou processar a polícia, seu idiota mentiroso!"
Nessa hora o chefe estava com uma cara ainda mais tensa. Era o momento perfeito pra verificar se o chefe ia dar risada ou não.
Daí eu falei: "Tá bom, o governador não telefonou, então vamos jogar o sulfeto no bandido!"
Daí eu comecei a abrir os botijões de hélio. Eles começaram a fazer: "tssssssssss"
Nessa hora o bandido ficou desesperado e começou a gritar: "Não, eu sou inocente, não me mate..."
Daí o chefe meio que ficou preocupado que eu realmente estivesse usando sulfeto no bandido.
Foi bem aí que a minha gozação começou a fazer efeito. O bandido começou a dar gritos de socorro com a voz fininha. Só que eu fiquei sério, pra fingir que aquilo era efeito do sulfeto.
Só que, ao mesmo tempo que eu estava sério por fora, por dentro eu estava rindo. E passando mal.
Daí eu olhei pro chefe e ele já tinha percebido que era gozação minha.
Ele já tava meio que segurando a risada.
Daí eu comecei a passar mais mal ainda, porque eu sabia que, a qualquer momento, eu poderia ver ele rindo.
Daí ele falou: "Eu não acredito que eu deixei o trabalho de lado só pra ver isso!"
E foi embora.
Eu acho que ele ia dar risada, por isso ele foi embora sem me punir.
Daí sim eu comecei a dar risada e a passar mal.
Daí eu fui embora.
domingo, 1 de março de 2009
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