Eu acho que é nessa época de carnaval que o Brasil recebe mais turistas.
Aqui em Curitiba isso não acontece. Só que mesmo assim o carnaval aqui é gozado.
Daí ontem aconteceu o seguinte:
Tinha uma escola de samba que ia desfilar com o tema "história dos automóveis".
Daí eles ligaram pra mim e perguntaram se dava pra usar a minha viatura no desfile.
Eu falei que sim, mas só se eu pudesse dirigir ela no desfile. E com o giroflex ligado.
Eles falaram que sim.
Isso acabou sendo bem legal, porque eu já ia ter que fazer o policiamento do local. Só que eu fiz pelo lado de dentro.
Daí começou o desfile. Eu liguei o giroflex e entrei com o carro na rua. Era tipo uma fila com vários carros. A história que a escola de samba tava cantando era desde o início da era do automóvel até hoje, que existem os carros mais modernos. O meu carro foi um dos primeiros da fila.
Daí as pessoas começaram a dar tchau pra mim. Eu dei tchau também.
É bem legal ser celebridade por um dia. Todas as crianças acenavam pra mim.
Teve um determinado momento que eu mostrei a minha arma.
Daí algumas pessoas se assustaram. Mas foi de mentirinha.
Daí eu guardei a arma e o desfile ficou meio chato.
Até a hora que eu avistei o meliante. No meio da platéia.
Ele tava carregando um saco com drogas dentro. As drogas eram ilícitas.
Daí eu parei a viatura e saí com a arma na mão. Eu gritei: "pare em nome da lei"
Só que as pessoas acharam que era parte do desfile e aplaudiram.
O elemento fugiu.
Daí eu comecei a atirar.
As pessoas pararm de aplaudir e começaram a gritar e se abaixar.
Daí tinha uma outra escola de samba que tinha um carro com uma bazuca em cima.
Na hora eu não sabia que a bazuca era de mentira.
Daí ela começou a atirar. Foi meio que uma guerra de verdade.
Eu usei a minha viatura como proteção e comecei a atirar pra todo lado.
Os seguranças, que não sabiam o que tava acontecendo, começaram a atirar também.
A platéia começou a correr.
Daí eu gritei: "Mulheres e crianças primeiro!"
O carro que tinha a bazuca de mentira em cima estava tendo um curto circuito.
Daí ele começou a pegar fogo.
O fogo se alastrou rapidamente por todos os carros alegóricos e atingiu um carro de fogos de artifício.
As bombas voaram em mim e na platéia. A minha sorte é que deu tempo de eu me esconder na viatura. Daí eu contactei o chefe.
Ele perguntou: "Mas que diabos está acontecendo? Isso é um tiroteio?"
Daí eu disse: "É uma guerra, senhor. Eu acho que começou uma invasão. Devem ser os vietcongues!"
Os seguranças começaram a se esconder atrás dos carros e a atirar contra os fogos de artifício.
Daí o tiroteio durou mais uma meia hora. Teve um momento que acabou as balas da minha arma e das armas dos seguranças. Daí a gente meio que se escondeu no esgoto até os fogos de artifício pararem de atirar na gente.
Felizmente não morreu ninguém, porque as pessoas já tinham ido embora na hora dos fogos.
Só que vários prédios da região ficaram semi destruídos pelos fogos.
O chefe chegou no local e falou bem assim: "Quem é o responsável por esse tsunami?"
Ele meio que tentou gozar. Não deu certo.
Ele simplesmente não é um gozador de alto nível igual a mim.
domingo, 6 de fevereiro de 2005
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