Churrasco do Pessoal do IML - Eu Me Dei Mal

Na semana passada teve um churrasco em conjunto do pessoal aqui da delegacia com o pessoal lá do IML.
Pra quem não sabe, o IML é meio que uma delegacia também, mas os policiais de lá são médicos que investigam os cadáveres que a gente produz aqui na nossa delegacia.
Bom, daí eu fiquei responsável por cuidar da churrasqueira, virando a carne e metendo a linguiça.
A parte mais legal de fazer isso é que as pessoas ficam levando cerveja pra mim.
Só que, em um determinado momento, a carne acabou. Daí o pessoal começou a boicotar a minha cerveja.
Se eu fosse até o mercado comprar mais carne, ia acontecer duas coisas ruins:
1) Eu ia gastar o meu dinheiro.
2) Eu ia ficar mais tempo sem cerveja.
Daí eu comecei a olhar por todas as salas do IML pra ver se tinha mais carne (e cerveja) guardada em algum lugar.
É gozado o prédio do IML. Eles colocam cadáveres dentro de geladeiras.
Felizmente também tinha carne na geladeira. Ainda bem que eles guardam em recipientes separados dos cadáveres. Tinha bife, fígado, até coração. Bem grande.
Só não tinha cerveja nessas geladeiras.
Daí eu peguei tudo e coloquei na churrasqueira.
Só bem depois do churrasco eu descobri que, na realidade, isso fazia parte dos cadáveres.
Me dei mal.
Ainda bem que eu não comi a linguiça.
O chefe comeu.
Fin.

Protesto

O chefe me falou ontem que eu era um policial efêmero na delegacia.
Pois ele está completamente enganado!
Eu sou um policial eMACHOro.
Eu sou o policial mais eMACHOro da delegacia.
Obrigado.

Medicamentos Transgenéricos

Quando eu sinto dor, eu não uso analgésicos.
No máximo, se a dor estiver insuportável, um oralgésico.
Obrigado.

Eu Lírico

Na semana passada eu me referi às vozes dos leitores dos relatórios e boletins de ocorrência da delegacia como "eus líricos".

Pois então, alguns telespectadores reclamaram que o "eu lírico" se refere especificamente à pessoa que lê um poema. E, portanto, a expressão não pode ser empregada para designar o leitor de relatórios e boletins de ocorrência, visto que tais formas de escrita não se enquadram no gênero literário "poema".

Eu diria que tais pessoas não se enquadram no gênero profissional "crítico de arte" e, portanto, não podem afirmar conclusivamente se os meus textos são poemas ou não.

Inclusivelmente, o próprio chefe já pediu, em inúmeras ocasiões, pra eu reescrever relatórios que tinham preocupação maior com a métrica e as rimas, mas não transmitiam nenhuma informação objetiva sobre o crime.

Na semana que vem eu vou falar sobre a relação entre a minha viatura e a prosopopopéia.

Fin.