sábado, 29 de dezembro de 2012

Duro de Matar

Rá!
Vocês acharam que eu tinha morrido.
Só que não.
E dessa vez eu tô falando com os bandidos, que tentaram me matar de verdade.
Deixa eu esclarecer aqui para os meus telespectadores:
Eu tava de férias.
De verdade.
Pode telefonar pra delegacia e perguntar pro chefe se achar que eu tô mentindo.
Bom, daí, pra quem não sabe, mesmo quando um policial está de férias, ele continua sendo um policial.
Ou seja, eu posso usar a minha arma na hora que eu quiser.
Daí, bem no começo das minhas férias, eu tive que ir até o Shopping Itália comprar os presentes de natal pro Gonzalez, pro detetive Morley e pro detetive Kelso.
Pro chefe não.
Por sorte, antes de eu conseguir comprar qualquer coisa, o prédio foi invadido por bandidos.
Daí eu fiz igual naquele filme do Chuck Norris,"Duro de Morrer", e me escondi dentro do cano de ar condicionado.
Só que, como eu tava de férias, ao invés de prender os bandidos, eu resolvi dar vários sustos neles.
Teve uma hora que um dos bandidos entrou no banheiro. Daí eu tava escondido no teto.
Nessa hora eu comecei a fazer barulho de fantasma, tipo assim: "uuuuuuuuuu....".
Daí o bandido foi embora.
Teve outra hora que eu consegui subir no teto do elevador. Daí, quando o bandido entrou, eu fingi que eu era a voz electrônica do elevador.
Daí eu falei: "Especifique o andar, por favor."
O bandido respondeu: "15"
Daí eu respondi: "Entendido, 40"
Daí o bandido respondeu: "Não, eu disse 15!"
Daí eu respondi: "Falha de algoritmo, cair, cair, cair..."
É obvio que o bandido ficou com medo e resolveu ir pela escada.
Teve um outro bandido que entrou numa loja que tinha um cofre.
Na hora que ele tentou abrir o cofre, eu falei: "A senha, por favor!"
O dono da loja tava junto e se assustou também.
Daí o bandido falou: "Abra esse cofre já, senão eu vou atirar!"
Daí eu respondi: "Código errado! Código errado! Seqüência de auto-destruíção ativada!"
Daí eu comecei uma contagem regressiva e todo mundo saiu correndo da loja.
Ainda bem que, pra contribuir para a piada, eu tinha uma bomba de pequenas proporções que eu sempre carrego comigo.
Daí eu joguei essa bomba por um buraco do ar condicionado e saí correndo.
A explosão só destruiu metade da loja e não teve nenhum ferido.
A partir desses dados é possível concluir que a minha piada foi politicamente correta.
Daí eu consegui chegar no computador central do prédio, que é onde começou a gozação de verdade.
Só que essa parte da história eu só vou continuar no ano que vem.
Obrigado.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Cadeia alimentar X Prisão de ventre

Com a aproximação da prova pra entrar na delegacia de Curitiba, os vestibulandos começam a apresentar várias dúvidas, que são naturais do processo seletivo.
A minha função social aqui na delegacia é justamente esclarecer essas dúvidas.
Uma grande questão que surgiu nessa semana foi a diferença entre cadeia alimentar e prisão de ventre.
Vejam só que dúvida inteligente: ela envolve biologia, policiologia e lingua portuguesa em uma só questão, e que vale 5 pontos.
Bom, a primeira coisa importantíssima de lembrar ao vestibulando é que o principal foco desses temas é a policiologia.
Identificamos isso em uma análise sintátctica da língua portuguesa, na qual separamos os radicais das palavras:
- CADEIA alimentar
- PRISÃO de ventre
Os complementos desses radicais  apenas indicam a relação das mesmas com a biologia.
Não devemos confundir com a Reação em Cadeia, que, apesar do radical "cadeia", está directamente relacionada à física e à química.
Na semana que vem eu vou falar sobre Sequestro de Carbono.
Obrigado.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Rato Eletrônico

Teve um dia que chegou na delegacia umas mercadorias apreendidas.
Dentre elas tinha um rato de brinquedo. Que andava sozinho.
Dai eu usei ele pra assustar todo mundo.
Eu peguei a minha filmadora Filips pra registrar a cara de todo mundo.
Quem pulasse e gritasse igual a uma menininha ia pro youtube.
Só que ninguém fez isso.
Nem o Gonzalez.
Mas eu meio que consegui criar uma paranóia dentro da delegacia, com pessoas querendo pegar o rato de qualquer jeito.
Dai o pessoal botou ratoeiras em todos os cantos.
O chefe falou que era pra chamar o desdetizador. Só que isso ia acabar com a minha brincadeira. Daí eu falei:
"Vocês se acham policiais? Não conseguem nem capturar um rato? Tem que chamar o desdetizadorzinho, né?"
Foi um discurso e tanto.
Isso fez com que todo mundo se mobilizasse pra capturar o pequeno réptil.
Menos eu, que tive que me mobilizar pra fazer ele aparecer em todos os cantos da delegacia sem ser capturado.
E claro que eu fazia o rato ir na direção das ratoeiras, pro pessoal achar que ia conseguir pegar ele. Só que eu fazia o rato desviar na ultima hora, só pra filmar a cara de decepção das pessoas.
Só que eu não conseguia filmar e controlar o rato ao mesmo tempo.
Teve uma hora que eu resolvi fazer uma piada cult.
Eu fiz uma casinha de rato, tipo aquela do Jon & Terry, no meu gabinete:

Dai eu convoquei uma reunião com todo mundo, sobre o rato.
Eu vi que o pessoal ficou olhando pra pontinha. Só que ninguém se manifestou.
E claro que cada vez que isso acontecia eu meio que passava mal.
Daí o pessoal meio que se ligou que era tudo gozação.
A brincadeira acabou quando eu fiz o rato entrar no gabinete do chefe.
Ao invés do chefe deixar o rato ir até a ratoeira, ele pisou no reptil na metade do trajeto.
Quando ele viu os mecanismos do rato espalhados pelo chão, ele gritou: "Ramireeeeezzz!"
Só que, nessa hora, eu já tava passando mal.
Fin.