sábado, 29 de junho de 2019

Eletricidade

Às vezes, à noite, eu desligo a chave geral da delegacia, só pra fingir que tem fantasma.
Daí eu volto pra minha sala, fazendo "uuuuuuuuuuu" pelos corredores.
Algumas vezes, quando eu passo perto da sala do detetive Morley ou do Detetive Kelson, eu levo um tapa na orelha.
Daí eu solto um pum, pra fazer uma vingança sensorial.
Na maioria das vezes, logo em seguida que eu desligo a luz, o chefe grita "Ramireeeeeeezzzzzz!"
Ele meio que pressente que fui eu que fiz isso.
Ou seja, o meu experimento científico comprova a existência de percepção-extra-terrestre-sensorial.
Fin.

sábado, 22 de junho de 2019

Sanitário Rai-Tec

Outro dia me perguntaram o motivo de eu não lavar as mãos antes de sair do banheiro (WC) da delegacia.
Eu me lembro que eu criei esse hábito uns 20 anos atrás. Lá na virada do século (e do millennium), quando o mundo ia acabar, o chefe resolveu investir bastante dinheiro na modernização da delegacia.
No final das contas, o mundo não acabou e a delegacia hoje está sem dinheiro.
Enfim, dentre as modernizações, estava a transformação do "banheiro" em "toilette". Eu me lembro que eles trocaram a placa que indicava esse nome e eu fiquei meio perdido durante uma semana.
Daí, quando eu finalmente consegui usar o "toilette", eu fiquei com medo.
Tudo lá dentro tinha ficado automatizado.
As torneiras despejavam água na hora que eu botava a mão na frente delas. Sem eu precisar girar. O sabão também. O papel também. Até a descarga do mictórium.
Eu sabia que não era fantasma.
Mas dava a sensação que era.
A única coisa do banheiro que não ficou automactizada foi o vaso.
Desde então eu tenho feito o número 2 e também o número 1 só no vaso.
Então, parem de reclamar que eu não lavo a mão e me agradeçam por não usar o vaso pra lavar a mão.
Na semana passada eu parei de usar o toilette, porque instalaram, bem na entrada, uma máquina que solta um sprei de perfume toda vez que alguém passa pela porta.
Era isso que vocês queriam?
Então tá bom. Não vou mais entrar no toilette.
Obrigado.

sábado, 15 de junho de 2019

A Vida Real Não Tem Graça

Até recentemente eu achava que a Casa da Moeda era assim:

Daí eu vi a Casa da Moeda de verdade na TV e fiquei decepcionado.

sábado, 8 de junho de 2019

Infecção Viral Máxima

Começou a campanha de vacinação contra gripe na delegacia.
Todos os anos eu evito, porque eu tenho medo.
Mas o chefe sempre arranja um jeito de colocar eu na fila.
Mesmo quando o chefe não me força a ir pra fila, o Detetive Morley e o Detetive Kelson conseguem me enganar, falando que é uma fila pra ganhar cerveja de graça.
Eu sempre caio nessa.
Dessa vez eles me falaram que era pra eu ir ver uma mulher fantasiada de enfermeira, que ia encostar em mim.
Daí eu não resisti e fui lá.
Pior que era verdade. Só que tinha uma agulha.
Daí doeu.
No ano que vem eu vou falar que, como eu sou vereador, eu não preciso me imunizar contra a gripe, porque eu já tenho Imunidade Parlamentar.
Obrigado.

sábado, 1 de junho de 2019

Inovações Tecnológicas Que Atualizam Até o Medo

Antigamente eu tinha medo de discos voadores.
Agora que eu sei que eles não existem, eu tenho medo de drones.
Especialmente drones alienígenas.
O meu maior medo não é de ser abduzido e os aliemnígenas enfiarem uma sonda em mim.
Até porque, pra caber no drone, os aliemnígenas teriam que ser bem pequenos, daí a sonda deles teria que ser bem pequena também.
Talvez a vítima nem percebesse.
É claro que isso depende da sensibilidade do rectum da vítima. Tem algumas vítimas que estão mais acostumadas.
Eu não, porque todas as vezes que eu fui abduzido, colocaram só um chips no meu nariz. Eu acho.
Enfim, o meu medo maior é porque o drone faz barulho de mosquito. Gigante.
Eu tenho mais medo de mosquito gigante do que de aliemnígena pequeno.
Apesar de que o próprio drone pode ser uma sonda retal aliemnígena. Gigante.
Pensando nessa possibilidade, eu vou ter que reescrever todo esse texto aqui.
Aguardem...